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ELEIÇÃO RUSSA
Partido de bloco opositor anuncia que vai apoiar o presidente em exercício na eleição de março
Em campanha, Putin divide oposição
das agências internacionais
No primeiro dia da campanha
para as eleições presidenciais na
Rússia, que acontecerão no dia 26
de março, o presidente em exercício e, segundo as pesquisas, candidato favorito, Vladimir Putin,
rachou um dos dois principais
blocos de oposição no país, o Pátria-Toda a Rússia.
O partido Toda a Rússia, até então de oposição ao Kremlin,
anunciou ontem, depois de uma
reunião em Moscou, que vai
apoiar Putin para a Presidência.
A decisão do partido é um duro
golpe na candidatura do ex-primeiro-ministro Ievguêni Primakov, que liderava as pesquisas para a Presidência antes da ascensão
de Putin, a partir de setembro, e
que já havia anunciado a intenção
de disputar a eleição.
Após a renúncia de Ieltsin, porém, que provocou a antecipação
do pleito, Primakov não falou
mais em candidatura. A decisão
do Toda a Rússia também atinge
o prefeito de Moscou, Iuri Lujkov,
um dos líderes do bloco e ferrenho crítico do governo.
O bloco Pátria-Toda a Rússia ficou apenas em terceiro nas eleições parlamentares de dezembro,
tendo sido batido pela aliança de
apoio ao governo, a Unidade, que
ficou em segundo. Os neocomunistas foram os mais votados.
O apoio do Toda a Rússia reforça a candidatura de Vladimir Putin. Até agora, apenas mais um
candidato foi anunciado, o nacionalista Vladimir Jirinovski.
O Partido Comunista ainda não
definiu seu candidato. O nome
mais cotado é o de Gennadi Ziuganov, que ficou em segundo em
1996, quando Ieltsin se reelegeu.
A data da eleição para presidente foi definida ontem, em sessão
do Conselho da Federação, a câmara alta (Senado) do Parlamento. Os membros da Casa decidiram manter o 26 de março, que
havia sido indicado pela Comissão Central Eleitoral.
Guerra na Tchetchênia
A ascensão de Putin está ligada
à ofensiva militar na Tchetchênia,
iniciada em setembro e que tem
amplo apoio popular na Rússia.
O território, que é formalmente
russo e tem maioria muçulmana,
desfrutava de autonomia conquistada após a guerra de 94-96,
contra tropas de Moscou.
As forças russas dizem que o
objetivo do ataque à Tchetchênia
é o combate a guerrilhas islâmicas
acusadas de terrorismo e da organização de um movimento separatista no território russo do Daguestão, vizinho à Tchetchênia.
As tropas russas estão em meio
a uma operação, lançada no Natal, para conquistar o controle da
capital tchetchena, Grozni, mas
enfrentam forte resistência dos
rebeldes. Os russos conquistaram
alguns setores da cidade, mas os
guerrilheiros continuam controlando a região central.
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