São Paulo, domingo, 06 de janeiro de 2002

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Para NYT, é um "erro trágico" culpar exterior

DA REPORTAGEM LOCAL

Para o jornal norte-americano "New York Times", o FMI (Fundo Monetário Internacional) e os credores externos são, em parte, responsáveis pelos problemas argentinos.
Ainda assim, argumenta editorial do jornal publicado na última sexta-feira, afirmar que a Argentina é um país "rico e forçado à pobreza por forças externas" seria "um erro trágico".
Segundo o editorial, a própria lei de conversibilidade, que ajudou o país a acabar com a inflação, acabou permitindo que a Argentina levasse adiante "uma sequência se empréstimos irresponsáveis".
O erro dos credores externos argentinos e do FMI, diz o "New York Times", foi terem sido "indulgentes demais por tempo demais, mesmo depois que se tornou aparente que a Argentina estava endividada demais, e sua moeda, supervalorizada".
Para o jornal, no entanto, caso os argentinos resolvam culpar o livre mercado ou a globalização e, por conta disso, adotar uma política protecionista, apenas agravarão a crise que enfrentam.
No editorial, o novo presidente argentino, Eduardo Duhalde, é classificado como "populista que muitas vezes criticou as reformas pró-mercado".
Segundo o "New York Times", Duhalde precisa evitar "governar de maneira estreita como peronista".
Lembrando que a maior parte dos líderes peronistas envolveram-se em "desagradáveis disputas políticas internas" nas últimas semanas", o editorial afirma que o novo presidente precisa "governar de acordo, presidindo uma administração que trabalhe com todos os partidos importantes e chegue a um consenso sobre como proceder".


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