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TRAGÉDIA
Uma delas perdeu pessoas de três gerações; anônimo diz que foi atentado
Queda de avião dizimou 12 famílias
DA REDAÇÃO
A queda de um avião egípcio no
mar Vermelho no último sábado,
que matou 148 pessoas -134 delas turistas franceses-, dizimou
12 famílias francesas. No pior caso
citado ontem pelo jornal britânico "The Independent", que obteve a lista de passageiros, 11 pessoas da mesma família de Dijon
-três gerações- morreram.
Além disso, uma família de seis
pessoas da Normandia (o pai, a
mãe e os quatro filhos adolescentes), uma família de cinco membros de um subúrbio de Paris (um
casal e seus três filhos com idades
entre oito e 12 anos), o prefeito de
uma pequena cidade também da
Normandia, com a mulher e os
três filhos, e muitos casais estão
entre as vítimas do Boeing-737 da
Flash Airlines.
A França enviou um submarino
robotizado para resgatar os corpos no balneário egípcio de
Sharm el Sheikh, e especialistas
tentam identificar os mortos pelas
jóias, a arcada dentária e o histórico médico. O governo francês decretou luto oficial.
Atentado
O incidente está sendo investigado, e a França afastou, mas não
descartou, a hipótese de atentado.
Um anônimo ligou ontem para
uma agência internacional de notícias no Cairo reivindicando a
queda do avião para o grupo extremista Ansar al Haq ("seguidores da verdade"), do Iêmen.
O homem, que disse ser um
membro egípcio do desconhecido grupo, ameaçou atacar aviões
da Air France caso o governo
francês não suspendesse os planos de proibir, nas escolas públicas, o véu usado para cobrir a cabeça de muçulmanas.
O ministro da Justiça francês,
Dominique Perben, disse que não
levou a ligação "muito a sério".
A Chancelaria francesa afirmou
que os corpos resgatados no local
do incidente não mostram indício
de ter havido uma explosão a bordo, pois não têm queimaduras.
"Não há razão para crer que tenha
sido um ataque", disse Renaud
Muselier, secretário da Chancelaria. "Em menos de 50 segundos, o
avião teve um problema sério e
mergulhou de nariz no mar."
Inspetores suíços que examinaram aeronaves da Flash Airlines
há um ano constaram falta de manutenção nos Boeing-737. Ontem, um grupo de cem turistas
poloneses em Sharm el Sheikh se
recusou a embarcar em um avião
da empresa, exigindo voar em
uma aeronave da polonesa LOT.
Com agências internacionais
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