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EUA liberam US$ 86 mi para partido de Abbas
Medida revolta Hamas, que acusa EUA de golpe
DA REDAÇÃO
Os EUA vão liberar US$ 86,4
milhões para as milícias do grupo secular Fatah, leais ao presidente palestino, Mahmoud Abbas, de acordo com documentos do governo americano levados a público ontem.
Segundo o documento, o dinheiro é para "ajudar a Autoridade Palestina a cumprir seus
compromissos com o Mapa do
Caminho e a desmantelar a infra-estrutura terrorista", em
referência ao plano de paz proposto em 2002 pelos EUA e que
não vem sendo cumprido nem
pelos palestinos nem pelo governo israelense.
A medida foi criticada pelo
grupo islâmico Hamas, ao qual
pertence o premiê palestino,
Ismail Haniyeh. Mas Saeb Erekat, assessor de Abbas, afirmou
que não tem "nenhum conhecimento sobre o dinheiro".
Mushir Masri, deputado do
Hamas, acusou Washington de
preparar um "golpe" contra o
partido e de dividir os palestinos. "Pedimos ao presidente
Abbas que rechace essa política
americana, que alimenta a cultura da divisão entre o povo palestino."
Foi após a vitória do Hamas
nas eleições legislativas de janeiro de 2006 que os EUA e a
União Européia cortaram a
ajuda financeira para a Autoridade Palestina. O Hamas é considerado uma organização terrorista por esses países.
Ontem, um religioso palestino crítico do Hamas foi morto a
tiros na frente de uma mesquita, na faixa de Gaza.
O crime ocorreu algumas horas depois de Abbas e Haniyeh
anunciarem que haviam chegado a um acordo para tentar acabar com os conflitos entre o Fatah e o Hamas que mataram ao
menos oito pessoas anteontem.
Os dois se comprometeram a
"retirar das ruas todos os homens armados".
Os confrontos, freqüentes
após a chegada de Haniyeh ao
poder, há um ano, tornaram-se
mais intensos depois de 16 de
dezembro. Na ocasião, o presidente palestino anunciou a antecipação das eleições -ato que
o Hamas chamou de "golpe de
Estado".
Em Washington, o presidente Bush anunciou uma reunião
do Quarteto (EUA, UE, ONU e
Rússia) para discutir o conflito
entre Israel e Palestina e o envio, em breve, de Condoleezza
Rice à região.
Com agências internacionais
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