São Paulo, sábado, 06 de janeiro de 2007

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VENEZUELA

Fechamento de TV opositora "parece censura", diz OEA

DA REDAÇÃO

A Organização dos Estados Americanos (OEA) afirmou ontem que a decisão do presidente venezuelano, Hugo Chávez, de não renovar a concessão de uma emissora de TV opositora é uma ameaça à liberdade de expressão.
Em discurso recente a militares, Chávez disse que a RCTV terá de sair do ar em maio, quando termina a concessão do governo. Em abril de 2002, a emissora apoiou o golpe de Estado que afastou o presidente venezuelano do poder por dois dias.
O secretário-geral da OEA, o chileno José Miguel Insulza, disse que a medida é intimidante e exortou o governo a reconsiderar a decisão, mas Chávez tem dito que não haverá recuo.
"A adoção de uma medida administrativa para fechar um veículo de comunicação dá a aparência de uma forma de censura contra a liberdade de expressão e, ao mesmo tempo, serve como um alerta para outras organizações noticiosas, levando-as a limitar suas ações sob o risco de terem o mesmo fim", afirmou Insulza, em nota com um raro teor crítico.
"O fechamento de um veículo de comunicação de massa é um medida rara na história de nosso hemisfério e não tem precedentes nas últimas décadas de democracia", afirmou o chileno.
Insulza advertiu ainda para as prováveis "repercussões políticas" da medida.
Até o fechamento desta edição, a Venezuela não havia comentado a nota.
A OEA, formada por 35 países, entre os quais o Brasil e os Estados Unidos, tem atuado como mediadora entre o governo venezuelano e a oposição.


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