|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ORIENTE MÉDIO
Questão é uma das mais sensíveis, diz dirigente
Palestinos afirmam que crise dos presos pode levar cúpula a fracasso
DA REUTERS
Autoridades palestinas disseram ontem que é imperativo resolver o impasse com Israel sobre
a soltura de presos palestinos para
evitar o fracasso da cúpula entre
as duas partes na próxima terça-feira no Egito.
Nabil Abu Rdainah, conselheiro
do presidente palestino Mahmoud Abbas, pediu que Israel flexibilizasse os critérios para a libertação dos presos.
Israel desapontou a liderança
palestina ao recusar a inclusão, no
grupo de 900 presos que seriam
soltos, daqueles que estavam reclusos devido a atentados contra
israelenses. A libertação foi aprovada pelo gabinete do premiê
Ariel Sharon na última quinta-feira, como gesto de boa vontade antes da cúpula.
"Esperamos que possamos superar esse problema nas próximas 48 horas, com o objetivo de
assegurar o sucesso da cúpula",
disse Abu Rdainah, em Gaza.
Abbas está sob enorme pressão
doméstica para obter a soltura de
8.000 presos, tema que está entre
os mais emotivos para os palestinos comuns, muitos dos quais
têm parentes detidos em prisões
israelenses. A libertação, para
eles, seria vista como um sinal
concreto de paz.
A questão é crucial para Abbas
também no que diz respeito à
consolidação de seu poder, para
encerrar a violência que já dura
mais de quatro anos e para reviver
as negociações de paz visando estabelecer um Estado palestino.
A polêmica em torno dos prisioneiros ensombreceu o otimismo na região, deixando mais distante a perspectiva do anúncio de
um cessar-fogo na reunião de cúpula no Egito.
"A questão dos prisioneiros é de
extrema importância para os palestinos. Pode tanto levar a um
avanço como a resultados negativos", disse Mohammed Dahlan,
outro conselheiro de Abbas.
Sharon vai se encontrar com
Abbas pela primeira vez desde
que o moderado se tornou presidente da Autoridade Nacional Palestina, em 9 de janeiro.
Para o premiê, a questão da segurança é o ponto principal da
agenda. Ontem, as autoridades
palestinas deram uma demonstração de disposição ao prender
três militantes da Frente Democrática para a Libertação da Palestina envolvidos em ataques contra Israel. A ação é a primeira do
gênero desde a eleição de Abbas.
Texto Anterior: Iraque: Com mais votos, xiitas religiosos exigem ter premiê no novo governo Próximo Texto: Desastre: Achados destroços de avião afegão; nenhum dos 104 a bordo sobreviveu Índice
|