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IRAQUE
Apuração coloca os xiitas laicos em desvantagem
Com mais votos, xiitas religiosos exigem ter premiê no novo governo
DA REDAÇÃO
A coligação de religiosos xiitas
exigiu ontem pela primeira vez
que lhe seja entregue o posto de
primeiro-ministro no Iraque.
"Temos essa exigência e não abriremos mão dela", disse à Reuters
o vice-ministro das Relações Exteriores, Hamed Al Bayati.
Ele lidera o Conselho Supremo
para a Revolução Islâmica, grupo
de ponta na Aliança Iraquiana
Unida, montada com 22 partidos
por aiatolás próximos do Irã.
A declaração de Bayati coincide
com a divulgação de novos resultados da eleição de domingo que
escolheu os 275 membros da nova
Assembléia iraquiana.
Embora as apurações privilegiem as Províncias xiitas -os votos das regiões sunitas foram prejudicados pela alta abstenção-, a
aliança continua a manter dois
terços dos votos, enquanto os xiitas laicos, comandados pelo atual
primeiro-ministro Iyad Allawi,
um aliado dos americanos, têm
modestos 18%.
Os nomes já cogitados para primeiro-ministro são o de Ibrahim
Jaafari, dirigente do Dawa, um
dos partidos da aliança, e Adel
Abudil Mahdi, do Conselho Supremo da Revolução.
Os sunitas, por meio de seu conselho de clérigos, voltaram ontem
a insistir que só participam da redação da nova Constituição, uma
das tarefas da Assembléia, se os
EUA fixarem um cronograma para o fim da ocupação militar.
Quatro americanos mortos
Com a intensificação de atentados após as eleições, forças insurgentes mataram quatro soldados
americanos e ainda quatro iranianos, segundo a Associated Press,
ou sete, segundo a Reuters.
Terroristas ainda mataram um
vereador de Bagdá, Abbas Waheed. Os quatro americanos morreram em dois ataques separados
na noite de sexta, nas imediações
de Beiji, a 350 km ao norte de Bagdá. Eles foram atingidos por bombas colocadas nas estradas.
Quantos aos militares iraquianos, eles foram atingidos em
comboios por bombas nas imediações de Basra, região xiita.
Enquanto isso, um primeiro e
enigmático contato foi feito ontem pela manhã pelos seqüestradores da jornalista italiana Giuliana Sgrena. Nenhuma voz, apenas
música, foi ouvida em ligação feita a partir de seu celular.
Com agências internacionais
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