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São Paulo, domingo, 06 de abril de 2003

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Marines procuram armas químicas

DA REDAÇÃO

Fuzileiros navais americanos começaram, ontem, a escavar um suposto esconderijo de armas químicas, localizado no pátio de uma escola para meninas, em uma cidade a sudeste de Bagdá.
De acordo com os marines, um homem, que se identificou com ex-membro das forças especiais do Iraque, disse que um grupo de iraquianos derrubou uma parede na escola há dois meses. Segundo essa fonte, os homens esconderam algo e passaram três noites fechando o local com concreto.
"Vamos escavar e verificar", afirmou o general James Mattis, comandante da Divisão de Fuzileiros Navais, a maior força terrestre dos Estados Unidos no Iraque. O progresso das escavações é lento devido ao aço reforçado e ao pesado material de construção utilizado no local.
"Moradores agarraram a máscara de gás de um fuzileiro e apontaram o local", disse ele a respeito das pistas fornecidas pela população sobre as temidas armas químicas supostamente escondidas na cidade de Aziziyah, a 80 km a sudoeste de Bagdá.
Washington e Londres iniciaram a invasão do Iraque no dia 20 de março, afirmando que queriam libertar o país das armas químicas e biológicas supostamente mantidas pelo governo iraquiano e expulsar o ditador Saddam Hussein. Este, porém, nega que existam tais armas.
As forças americanas, equipadas com roupas de proteção, disseram que, até agora, não encontraram nenhuma evidência de que Saddam possua armas químicas ou biológicas.
Ontem de manhã, um oficial americano disse que os primeiros testes feitos com o pó branco e o líquido encontrados anteontem em milhares de caixas descobertas próximas à capital iraquiana indicaram não se tratar de armas químicas. O material será encaminhado para mais testes.
"Na primeira análise, não parece ser uma substância que possa ser usada em ataques químicos", disse o coronel John Peabody, comandante da Brigada de Engenharia da Terceira Divisão de Infantaria. Peabody afirmou que grande parte do material parece ser atropina, substância usada como antídoto para agentes nervosos e outras armas químicas.
Não houve nenhum relato de ataques químicos ou biológicos mesmo depois que as tropas da coalizão cruzaram a "linha vermelha", como é chamada pelo Exército americano, ao redor da cidade de Bagdá, na qual Saddam supostamente armazena armas de destruição em massa.


Com agências internacionais


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