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ORIENTE MÉDIO
Acerto, ainda não confirmado por Israel, prevê exílio de seis palestinos na Itália e transferência do restante a Gaza
Acordo pode encerrar cerco a igreja de Belém
DA REDAÇÃO
Palestinos e israelenses teriam
chegado a um acordo com o objetivo de encerrar o cerco à igreja da
Natividade, em Belém.
Segundo fontes palestinas e israelenses, os dois lados acertaram
que dos 40 militantes procurados
por Israel que estariam dentro da
igreja, seis seriam exilados na Itália e o restante deveria partir para
a faixa de Gaza. As demais pessoas refugiadas no local poderiam
voltar para as suas casas.
Autoridades do Exército de Israel não confirmaram o acordo,
mas disseram que grandes progressos foram realizados.
O cerco começou em 2 de abril,
durante invasão israelense, quando militantes armados palestinos
buscaram refúgio na igreja onde,
de acordo com a tradição cristã,
nasceu Jesus. Cerca de uma centena de civis e religiosos também se
encontravam ali dentro.
O governo do premiê Ariel Sharon exigia que os militantes se entregassem ou fossem enviados ao
exílio. Os palestinos sugeriam a
transferência de todos para a faixa
de Gaza.
Sharon estaria sob pressão de
Washington para aceitar um
acordo antes de se reunir amanhã
com o presidente dos EUA, George W. Bush.
A edição eletrônica do diário
"Haaretz" informou ontem que
um membro do grupo extremista
Hamas se entregou ao Exército
em frente à igreja de Belém.
Israel se retirou das outras grandes cidades da Cisjordânia reocupadas na operação "Muro Protetor", ofensiva lançada para "destruir a infra-estrutura do terror".
Mas continua as cercando e realizando incursões diárias. Ontem,
por exemplo, foi a vez de tropas
entrarem de novo em Tulkarem.
Jenin
Uma mulher palestina e dois filhos seus morreram ontem, perto
de Jenin, na Cisjordânia, vítimas
de um aparente engano do Exército de Israel, que os teria confundido com militantes armados.
Soldados atingiram a família
com disparos ao reagir a um ataque ao tanque em que patrulhavam a área com uma bomba na
beira da estrada. Funcionário de
um serviço de ambulâncias palestino disse que a mulher, de 32
anos, e as crianças, de 3 e 4 anos,
catavam uvas num campo próximo no momento da explosão.
"Durante o incidente, as forças
avistaram suspeitos fugindo do
local da explosão e abriram fogo",
disse porta-voz militar israelense.
"As Forças de Defesa de Israel lamentam a morte de civis inocentes", acrescentou. O Exército promete investigar o acontecido.
Uma fonte dos serviços de segurança de Israel disse à agência de
notícias Reuters que os soldados
têm ordens de abrir fogo ao serem
atingidos por bombas de estrada,
já que os agressores costumam se
esconder nas imediações para
matar os militares no momento
em que abandonam seus blindados.
Com agências internacionais
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