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Sob o olhar dos EUA, Mossul elege prefeito, no 1º pleito pós-Saddam
DA REDAÇÃO
A cidade de Mossul, no norte do
Iraque, elegeu ontem um novo
prefeito e um conselho interino,
na primeira eleição no país desde
que o ex-ditador Saddam Hussein
foi derrubado, no mês passado.
Em meio a um forte esquema de
segurança montado por tropas
dos EUA, grupos étnicos rivais se
reuniram para escolher, por votação indireta, seus representantes
para governar a cidade por um
período estimado de dois anos.
Cerca de 250 delegados elegeram prefeito o ex-general Ghanam al Basso, entre três candidatos. Ele havia sido forçado a passar à reserva em 1993, acusado de
conspirar contra o regime.
"É o primeiro passo no caminho à democracia. Eu prometo
ser um soldado fiel", disse Al Basso, 58, sob os olhares do general
americano David Petraeus, que
acompanhou a reunião.
O novo prefeito prometeu preservar a unidade do Iraque e trabalhar pelos interesses do país.
Mossul, terceira maior cidade
do país, é majoritariamente árabe,
mas tem também uma grande comunidade curda e outros grupos
étnicos. A situação no local permanece tensa, após quase um mês
da derrubada de Saddam. No fim
de abril, 18 pessoas morreram em
confrontos com as tropas dos
EUA.
O conselho eleito ontem é formado por membros de seis grupos étnicos diferentes, mas tem maioria de árabes -13. O prefeito
é árabe, muçulmano sunita, seu
vice é curdo e dois assistentes foram escolhidos entre as comunidades assíria e turca.
A mistura étnica na cidade provocou temor de possíveis combates entre os grupos após uma onda de saques e violência no mês
passado, mas as forças americanas a consideram agora como "cidade-modelo".
Com agências internacionais
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