DE NOVA YORK

A Universidade Berkeley cancelou todos os seus cursos de verão para estudantes dos países asiáticos mais afetados pela Sars (síndrome respiratória aguda grave).
A atitude de instituição californiana, conhecida como centro de defesa das liberdades civis, é mais radical do que a linha de conduta adotada por outras grandes universidades americanas.
Alunos da China, de Hong Kong, de Taiwan e de Cingapura vão receber cartas de Berkeley dizendo que seus cursos temporários marcados para os próximos meses não existem mais.
Já os estudantes desses lugares regularmente matriculados na universidade serão controlados quando retornarem de suas casas após as férias de verão.
Além disso, a universidade pediu a todos seus departamentos que avaliem rigorosamente a necessidade de receber visitas de pessoas vindas desses locais -e eventuais convites terão de ser submetidos à aprovação da direção de saúde da instituição.
Segundo a universidade, seu prejuízo poderá chegar a US$ 1,5 milhão com os cancelamentos.
Mesmo reconhecendo que as medidas "podem parecer de precaução extrema", o reitor de Berkeley, Robert Berdahl, afirmou que foram tomadas de acordo com os conselhos dados por órgãos públicos de saúde. "Espero que as pessoas entendam a necessidade de parar essa doença."
Ele também anunciou que a instituição proibiu temporariamente viagens oficiais para as áreas mais afetados pela Sars, atitude semelhante à tomada pela Universidade Harvard, na Costa Leste.
Embora em menor grau que Berkeley, Harvard também tem adotado política dura com a Sars. A universidade pede que as pessoas provenientes dos locais com focos da doença obedeçam a um intervalo de dez dias antes de entrar no campus.
Já a Universidade Stanford -também na Califórnia, assim como Berkeley- tem postura mais branda. A estudantes e funcionários que voltam de viagem aos países afetados, recomenda: "Você pode e deve voltar ao campus". (ROBERTO DIAS)


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