São Paulo, terça-feira, 06 de maio de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice EPIDEMIA Taiwan confinará sem-teto Medo da Sars provoca revolta em vila chinesa Greg Baker/Associated Press Pequinês caminha em frente de outdoor, onde se lê: "A Sars será vencida pelo nosso governo" DA REDAÇÃO Em mais um dia tenso na China em razão da epidemia de Sars (síndrome respiratória aguda grave), cerca de mil moradores de um vilarejo na Província de Zhejiang, no leste do país, destruíram carros em protesto contra a transferência de doentes em quarenta para a região. Foi a manifestação mais violenta no país desde o início da epidemia, há seis meses. No vilarejo de Xiandie, a população local destruiu carros do governo e da polícia, exigindo que pacientes internados provisoriamente em um prédio de escritórios fossem removidos. Uma testemunha contou à agência de notícias Associated Press que cinco moradores entraram no prédio no domingo à noite, quebrando janelas e móveis. Três funcionários que tentaram impedi-los ficaram feridos. "Eles não deveriam ter sido hospitalizados em um prédio público que não tem recursos médicos e profissionais de saúde", disse um morador, que não se identificou. "Os moradores estão furiosos porque não querem pessoas doentes perto de suas casas", disse um funcionário público, que se identificou apenas pelo seu sobrenome, Zhuang. Em Pequim, onde o número de casos não pára de crescer, a polícia isolou 80 reservatórios, para proteger o suprimento de água. Na capital, a cidade mais atingida da China continental, já são 16 mil pessoas sob quarentena. Segundo o Ministério da China, mais nove pessoas morreram por causa da doença ontem, com 160 novos casos notificados. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), das 461 mortes pela doença em todo o mundo, 393 ocorreram na China (incluindo Hong Kong). O país concentra 5.917 dos 6.583 casos notificados mundialmente. A situação da China tem colocado países vizinhos em estado de alerta. Ontem, o Cazaquistão informou que fechará sua fronteira dentro de três dias em razão da epidemia. O país não registrou nenhum caso da doença. Taiwan O governo de Taiwan, que registrou mais duas mortes ontem, anunciou que centenas de sem-teto serão transferidos nos próximos dias para campos militares para prevenir exposição ao vírus. Taiwan está treinando cerca de 10 mil pessoas, entre voluntários, médicos e enfermeiros, para combater a doença. Com agências internacionais Texto Anterior: EUA se movem para ignorar embargo Próximo Texto: Epidemia faz Berkeley barrar alunos asiáticos Índice

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