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Mídia dos EUA foi lenta no caso
DO "FINANCIAL TIMES"
A mídia americana demorou
para dar destaque às alegações de
abusos cometidos por soldados
americanos na prisão de Abu
Ghraib, em Bagdá, embora as fotos de tortura e tratamento humilhante de presos iraquianos tenham sido veiculadas, em primeira mão, pela rede de TV dos EUA
CBS na semana passada.
Nos últimos dias, diante da repercussão mundial, emissoras de
TV e jornais do país entraram
com força na cobertura. Ontem, a
CNN noticiou, sob o título "Controle de prejuízos", as entrevistas
do presidente George W. Bush a
dois canais de TV árabes.
Nesta semana, diversos jornais
dos EUA publicaram editoriais. O
"Tampa Tribune", da Flórida,
qualificou as denúncias como
"um desastre político e militar".
As acusações do tratamento
brutal de prisioneiros iraquianos
vieram a público, pela primeira
vez, em 28 de abril, quando o programa "60 Minutes", da CBS,
mostrou algumas das fotos que
chocaram o mundo.
No dia seguinte, jornais importantes relataram o programa, mas
de forma sucinta. Apenas o "Baltimore Sun", de Baltimore (Maryland, Costa Leste), publicou uma
longa reportagem.
Na sexta-feira passada, as fotos
eram notícia em todo o mundo.
Mas só no sábado os jornais americanos publicaram as imagens.
A CBS já tinha as fotos havia várias semanas, mas retardou sua
divulgação a pedido do general
Richard Myers, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, que
alegou que sua divulgação poderia resultar em maus-tratos a reféns americanos capturados no
Iraque. A rede decidiu mostrá-las
quando soube que a revista "The
New Yorker" também as possuía.
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