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EUA fazem simpósio para juízes iraquianos
DA REDAÇÃO
Organizada pela Autoridade
Provisória da Coalizão (APC), teve início ontem em Haia (Holanda) uma conferência de dois dias
entre 28 juízes iraquianos e autoridades judiciais internacionais
para discutir a Constituição permanente e a formação do novo
Judiciário do Iraque.
Os iraquianos -alguns deles
candidatos potenciais para integrar a futura Suprema Corte do
país- estão trocando opiniões
com membros da Suprema Corte
dos EUA, da Justiça britânica, da
Corte Internacional de Justiça e
do tribunal de guerra da ONU para a ex-Iugoslávia.
"Foi bastante útil hoje [ontem].
Estamos discutindo diferentes
modelos e estamos tentando atingir nosso próprio modelo, de forma que seja aceito por nossa sociedade", disse o juiz criminal Zuher al Maliki sobre a futura Constituição iraquiana.
Maliki também afirmou que os
juízes estão reconquistando sua
independência após décadas de
subserviência ao Ministério da
Justiça de Saddam Hussein. "Sob
Saddam, era difícil ter independência. Os juízes eram como funcionários do governo. Agora, isso
acabou. Estamos no comando de
nossos assuntos."
Após a derrubada do ex-ditador, em abril de 2004, a APC submeteu cerca de mil juízes a um
processo de avaliação e permitiu
o retorno da maioria às cortes.
Eles contam com a proteção das
forças da coalizão, já que recebem
ameaças dos insurgentes.
Não estava prevista no encontro
na Holanda a discussão do tribunal especial que julgará os crimes
de guerra atribuídos a Saddam e a
seus auxiliares.
Os Estados Unidos já deram início aos preparativos para a formação do tribunal, mas os nomes
dos juízes e dos advogados de
acusação iraquianos escolhidos
estão sendo mantidos em segredo
para evitar atentados.
Com agências internacionais
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