São Paulo, terça-feira, 06 de junho de 2006

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TIMOR LESTE

Ramos Horta encontra rebeldes; solução política não é alcançada

DA REDAÇÃO

O Parlamento de Timor Leste se reuniu pela primeira vez ontem desde o início da onda de violência no país, no fim de abril. Mas o objetivo da sessão -buscar uma solução política para o conflito que já matou ao menos 30 pessoas e fez cerca de 100 mil fugirem- não foi alcançado.
Dos 88 membros do Parlamento, 38 faltaram por conta da violência ou da falta de transporte. O paradeiro dos legisladores será investigado a pedido do presidente da Casa, Francisco Guterres, do partido majoritário Fretilin -o mesmo do premiê Mari Alkatiri, cuja renúncia é uma demanda dos militares rebelados que iniciaram a crise.
O Ministro da Defesa e do Exterior, José Ramos Horta, se reuniu ontem com parte dos 600 soldados timorenses cuja demissão foi o estopim da crise. O porta-voz do ministério disse que a conversa foi positiva, sem dar detalhes. Mas o encontro entre o chanceler e o principal líder rebelde, Alfredo Reinado, só deve ocorrer em dois dias.
Ainda ontem, o líder dos mais de 2.000 soldados estrangeiros no país pediu mais policiamento para "tirar criminosos das ruas".
A ONU enviou a Dili 14 toneladas de suprimentos de emergência, como tendas, cobertores e água. Segundo o Acnur, agência da ONU para refugiados, há campos abrigando até 13 mil pessoas "em um espaço adequado para metade delas", com pouca infra-estrutura sanitária e falta de segurança. A operação, orçada em US$ 4,5 milhões, deve beneficiar 30 mil.


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