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CHINA
Pequim anuncia julgamento
Bush liga a Jiang e pede por americano detido
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA, George
W. Bush, ligou ontem para o seu
colega chinês, Jiang Zemin, e expressou sua preocupação com a
detenção na China de acadêmicos
baseados nos EUA, pedindo que
eles recebam "tratamento justo",
disse ontem a Casa Branca.
O anúncio da conversa telefônica ocorreu após a divulgação de
que haviam sido iniciados os julgamentos de um cidadão americano e uma residente permanente
nos EUA acusados de espionar
para Taiwan, considerada uma
Província rebelde por Pequim.
Washington considera inconsistentes as acusações contra os
dois, que estão entre cerca de 30
portadores de passaporte americano detidos pela China nos últimos 12 meses, provocando no
Congresso americano pedidos de
ação punitiva contra Pequim.
O anúncio dos julgamentos
ocorreu no momento em que os
dois governos falavam numa melhora nas relações bilaterais, após
a crise causada pelo choque de
aviões dos dois países no mar do
Sul da China, em abril, provocando a morte do piloto chinês e a detenção da tripulação americana
na China por 11 dias.
O secretário de Estado dos EUA,
Colin Powell, deve visitar a China
no final do mês. Bush tem viagem
marcada para outubro, quando
irá a Xangai e Pequim.
Havia especulação ontem de
que os julgamentos poderiam terminar rapidamente com condenações seguidas de deportação.
O cidadão americano é Li Shaomin, professor de economia em
Hong Kong, detido em fevereiro e
indiciado em maio. A residente
permanente é Gao Zhan, professora da Universidade Americana,
detida em fevereiro.
O marido de Gao, Xue Donghua, que vive nos EUA com a filha de 5 anos, afirmou ontem ter
esperança de que o julgamento
seja o prelúdio para a sua libertação. Ele afirmou que ficou preocupado ao ouvir relatos chineses
de que sua mulher teria confessado ter espionado. Segundo ele, isso só poderia ter ocorrido sob tortura.
Um funcionário da Casa Branca
afirmou que Bush citou em sua
conversa com Jiang "áreas de
cooperação e discórdia e a necessidade de um diálogo franco".
O Departamento de Estado divulgou um comunicado ontem
expressando "profunda perturbação" com os relatos de que Pequim teria intensificado sua "repressão dura" contra os membros
do grupo religioso Fa Lun Gong,
banido pelo governo comunista.
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