das agências internacionais

Autoridades da Flórida afirmaram ontem que o Estado, cuja economia depende basicamente do turismo, "continua aberto" à atividade turística, apesar dos incêndios florestais que já devastaram mais de 180 mil hectares (1.800 mil km2).
"Estamos abertos", declarou o senador Connie Mack à rede de TV norte-americana ABC. "A região centro-norte está mais afetada, mas o resto do Estado está aberto."
O governador da Flórida, Lawton Chiles, admitiu que os incêndios reduziram o movimento da rede hoteleira, especialmente na área de Daytona Beach, onde as autoridades tiveram de adiar, na semana passada, uma corrida automobilística.
As autoridades da Flórida calculam que, nas últimas semanas, cerca de 2 mil incêndios no Estado destruíram ou danificaram 213 estabelecimentos comerciais e feriram cerca de 100 pessoas.
O custo total da luta contra o fogo atingiu mais de US$ 100 milhões. Cerca de 100 mil pessoas tiveram de abandonar suas casas, ainda que muitos foram autorizados a regressar hoje.
Comandantes do Corpos de Bombeiros disseram que a intensidade dos incêndios diminuiu, embora as condições possam mudar rapidamente.
O ar seco e as rajadas de vento podem voltar a acender as brasas e, com isso, desencadear novos incêndios.

Orações
Em várias igrejas do norte da Flórida, muitos refugiados oravam, cantavam e levantavam as mãos.
Os religiosos, com a Bíblia na mão, agradeciam por ninguém ter morrido e diziam confiar no fim dos incêndios que têm atingido a região nas últimas semanas.
"Vi muita gente chorar", disse Sam Harampus, cuja casa nova em Palm Coast se queimou no dia 6 do mês passado.
Muitas das principais estradas de norte a sul da região continuam com acesso bloqueado, incluindo mais de 160 km da estrada entre Jacksonville e Cocoa Beach.
Os danos se concentraram em três condados ao longo da costa Atlântica, desde Saint Augustine até próximo ao Centro Espacial Kennedy.
Quase todos os moradores dos condados de Brevard e Volusia foram autorizados a regressar a suas casas.



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