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ÁSIA
Seis paquistaneses morreram; nenhum dos alunos, filhos de estrangeiros, ficou ferido
Escola cristã no Paquistão é atacada
DA REUTERS
Seis paquistaneses morreram e
ao menos três pessoas ficaram feridas ontem em um ataque a uma
escola para filhos de missionários
estrangeiros perto de Murree, a
cerca de 50 km de Islamabad.
Dois seguranças, um cozinheiro, um carpinteiro e um recepcionista estavam entre os mortos no
atentado de ontem de manhã na
Escola Cristã de Murree, disse o
diretor, Russell Morton.
Nenhum dos 146 filhos de missionários de países como EUA,
Reino Unido, Canadá, Alemanha
e Nova Zelândia ficou ferido.
A polícia afirmou que era cedo
demais para dizer quem estava
por trás do ataque, que envolveu
pelo menos três homens mascarados armados com fuzis AK-47.
Segundo Morton, os homens
entraram no local às 11h15 (2h15
em Brasília) após atirar no segurança na guarita na entrada do
terreno da escola e em um paquistanês que passava por ali. Ele disse
que os homens entraram então
em um recinto quase deserto e começaram a atirar indiscriminadamente após passarem reto por salas onde crianças de seis a 18 anos
estavam tendo aula.
Segundo Morton, três seguranças trocaram fogo por 15 minutos
com os invasores antes de eles fugirem, aparentemente ilesos.
"Na minha opinião, o objetivo
desse ataque era causar problemas às autoridades paquistaneses", afirmou. "A escola existe há
46 anos, e nunca tivemos problemas com a comunidade local."
Desde que o Paquistão começou a apoiar a "guerra ao terror"
declarada pelos EUA após o 11 de
setembro, houve ao menos três
atentados contra a minoria cristã.
Um ataque com uma granada
em março matou cinco pessoas
em uma igreja protestante em Islamabad frequentada por estrangeiros. Em outubro, 16 cristãos e
um muçulmano foram mortos
em uma igreja em Bahawalpur.
Cristãos, hindus e fiéis de outras
religiões constituem 3% dos cerca
de 140 milhões de paquistaneses,
majoritariamente muçulmanos.
Consulado dos EUA fechado
Os EUA fecharam seu consulado em Karachi depois que autoridades locais reabriram uma rua
diante do edifício, em uma medida considerada por americanos
como um risco à segurança, disse
o porta-voz do Departamento de
Estado dos EUA, Philip Reeker.
A rua havia sido fechada com
blocos de concreto após um ataque em 14 de junho, em que a explosão de um carro-bomba diante
do consulado deixou 12 paquistaneses mortos. Uma das mãos da
rua foi reaberta para o tráfego depois, mas o lado mais próximo do
consulado permaneceu fechado.
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