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IRAQUE
Convidado é o Congresso dos EUA
Bagdá faz 2º convite para inspeção de armas
DA REDAÇÃO
O Iraque convidou congressistas dos EUA para visitar o país e ir
aos locais em que o Ocidente suspeita haver armas de destruição
em massa escondidas. Essa é a segunda oferta que Bagdá faz em
menos de uma semana para abrir
o seu sistema de armas a uma inspeção internacional.
Semana passada, o ministro das
Relações Exteriores do Iraque,
Naji Sabri, convidou o inspetor-chefe de armas da ONU para ir ao
país para discutir questões técnicas. O convite aos congressistas
americanos foi feito pelo deputado iraquiano Sadoun Hammadi.
A carta de quatro páginas de
Hammadi foi entregue aos presidentes da Câmara e do Senado.
As duas propostas iraquianas
foram mal recebidas por Washington, que acusa o Iraque de
ainda estar desenvolvendo armas
de destruição em massa. O presidente dos EUA, George W. Bush,
advertiu Bagdá que cumprisse as
resoluções da ONU em relação à
inspeção internacional de armas
ou enfrentasse as consequências.
Bush defende o fim do regime
do ditador iraquiano, Saddam
Hussein. O presidente americano
diz que, inclusive, poderia lançar
mão de uma ação militar unilateral para alcançar esse objetivo.
"Pensaremos sobre o assunto
até estarmos seguros de que nossa
política é a correta. Mas a história
nos chama à ação para defender a
liberdade", disse o presidente.
"Não há necessidade de discussão. O necessário é que o regime
de Bagdá cumpra o compromisso
de desarmamento", reforçou o
porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca,
Sean McCormack.
"O Iraque tem de acabar com
suas táticas de retardamento. Se
não tem nada a esconder, deve começar a cumprir as resolução do
Conselho de Segurança da ONU",
disse o senador democrata Joseph
Biden, que preside o Comitê de
Relações Exteriores do Senado.
Porém o secretário-geral da
ONU, Kofi Annan, disse que
Hans Blix, o inspetor-chefe de armas da organização, poderia aceitar o convite. "Temos condições
muito claras. Se o Iraque quiser
honrá-las, eu acho que a aceitação
do convite pode ser considerada."
Annan disse ainda que pediria
ao Iraque que detalhasse o convite, indicando que espera de Bagdá
uma demonstração de boa vontade. "Se o Iraque está aberto à idéia
[do retorno da inspeção", há como enviar logo os inspetores."
Os inspetores de armas da ONU
deixaram o Iraque no final de
1998, reclamando da falta de colaboração das autoridades do país.
Uma resolução do Conselho de
Segurança diz que as sanções impostas ao Iraque há mais de dez
anos só podem ser suspensas se
Bagdá aceitar a volta da inspeção.
Cerca de 10 mil iraquianos fizeram um protesto diante da sede
do partido governista Baath, em
Bagdá. Os manifestantes queimaram bandeiras dos EUA e reclamaram das ameaças americanas.
Com agências internacionais
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