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11/9 - Cinco anos depois
Democratas pedem a cabeça de Rumsfeld em voto no Congresso
DE WASHINGTON
A oposição democrata apresentará hoje ao Senado norte-americano uma medida para
que seja aprovado um voto de
não-confiança em relação ao
secretário de Defesa dos EUA,
Donald Rumsfeld, como maneira de pressionar o presidente George W. Bush a demiti-lo
ou pedir que se demita. O mesmo deve ocorrer na Câmara dos
Representantes (deputados federais).
A medida obrigaria os republicanos a conseguir quórum
suficiente para que um voto de
confiança anulasse a manobra
dos democratas, o que parece
pouco provável que ocorra antes das eleições de novembro.
Por suas atitudes polêmicas e
sua defesa incondicional da
atuação norte-americana no
Iraque, o chefe do Pentágono
de Bush vem perdendo apoio
mesmo entre membros do partido do presidente.
Carta
Em carta enviada a Bush na
segunda-feira, dezenas de políticos democratas pediam que o
presidente considerasse mudar
o comando civil do Pentágono
como maneira de reconhecer
os problemas que as políticas
de Rumsfeld causaram "no Iraque e em outros lugares".
Reagiam a um discurso de
Rumsfeld dado na semana passada em Salt Lake City, em que
o secretário acusava os críticos
da Guerra do Iraque de fecharem os olhos a "um novo tipo de
fascismo" e de "voltar àquela
velha mentalidade de "Culpe
primeiro a América"."
O próprio Rumsfeld, que ontem passou por uma cirurgia de
rotina, ofereceu seu desligamento antes. Em abril, Bush
veio a público defendê-lo ao dizer que ele decidiria se seu secretário ficaria ou não no governo. "Eu sou o decididor",
disse então, em frase que ficaria
famosa.
"O presidente apóia fortemente seu secretário de Defesa", reforçou ontem o porta-voz da Casa Branca.
Segundo Tony Snow, o pedido de demissão do secretário de
Defesa "não vai acontecer".
"Fazer de Dom Rumsfeld um
monstro imaginário pode ser
muito bom para a política, mas
seria uma estratégia muito
ruim para ser seguida nesse
momento."
(SD)
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