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Buzinas e choro marcam 1 mês de acidente em mina no Chile
Trabalhadores estão irritados e cansados, segundo familiares
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Parentes dos 33 mineiros
presos na mina San José em
Copiapó, norte do Chile, tocaram buzinas, cantaram e
choraram exatamente às
13h45 locais (14h45 em Brasília) de ontem, ao completar-se um mês do acidente que os
deixou presos a 700 metros
de profundidade.
Com o ministro da Mineração, Laurence Golborne, eles
hastearam em uma colina
próxima à mina 32 bandeiras
chilenas e uma boliviana
-representando a nacionalidade de cada um deles.
Os mineiros estão presos
desde 5 de agosto, quando
um desabamento na rampa
principal da mina os impediu
de sair. Somente 17 dias depois foi possível estabelecer
contato, confirmar que estavam vivos e iniciar o resgate.
Familiares relataram que
eles já demonstram irritação
e cansaço.
"Ele falou cinco segundos
comigo, estava irritado. Disse que o governo não está
mandando as cartas que nós
escrevemos", afirmou Alessandro, irmão do mineiro
Víctor Zamora.
Segundo o psicólogo encarregado de acompanhar os
mineiros, Alberto Iturra, eles
"estão bastante bem para haver passado um mês de confinamento". "São gente muito
valiosa", disse.
Iturra explicou o motivo de
os mineiros não estarem recebendo todas as cartas escritas por familiares: "Existem problemas de espaço. Isso não é uma agência dos
Correios", disse. "Chegaram
até nós pacotes de famílias
com 40 cartas", completou.
Anteontem, os mineiros
puderam conversar com os
familiares por meio de videoconferência, graças à instalação de um sistema de fibra
ótica que permitiu ver imagens e escutá-los, embora
eles não conseguissem ver
quem estava na superfície.
Na sexta-feira, a perfuradora que iniciará o plano B
de resgate dos 33 mineiros
chegou à mina San José. A
máquina tinha previsão de
começar a trabalhar ainda
ontem num poço, com objetivo de agilizar a operação.
A outra broca, que opera
desde a semana passada, já
havia perfurado, até sexta-feira, 41 metros.
A expectativa é a de que o
resgate seja realizado em três
a quatro meses.
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