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Jornalistas deixam a região
do enviado especial
Quase todos os jornalistas estrangeiros que ainda permaneciam em Dili saíram ontem da capital de Timor Leste.
Pelo menos três jornalistas portugueses ficaram no Hotel Mahkota Timor, que abrigava os jornalistas e foi incendiado por grupos antiindependência.
A saída da cidade foi precipitada pela invasão anteontem do
Hotel Mahkota por membros de
milícias, apesar de o prédio estar
guardado por mais de uma centena de policiais e militares do Exército indonésio.
Com as estradas para Timor
Oeste dominadas pelos grupos
armados, que estabeleceram bloqueios, era impossível sair do território por via terrestre.
A possibilidade de sair de barco
também teve de ser descartada
após as milícias tomarem o porto
para impedir a fuga de refugiados.
Só restou a saída por via aérea,
mas o único vôo comercial de ontem, em direção a Jacarta (capital
indonésia), já estava lotado.
Jornalistas das agências "Reuters" e "Associated Press" fretaram um avião, que partiu por volta das 13h. O governo português
fretou um avião para levar os
mais de 20 jornalistas do país que
ainda estavam na cidade. O enviado especial da Folha foi nesse
avião, às 19h30.
As horas até a decolagem foram
de tensão. Dois caminhões da polícia tiveram de levar os jornalistas pela manhã até o aeroporto,
que ficou cercado por membros
do grupo Aitarak durante a tarde.
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