São Paulo, sexta-feira, 06 de outubro de 2000

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Manifestação do Hamas pode elevar a tensão

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A convocação do "Dia da Ira" pelo grupo extremista islâmico Hamas para protestar contra Israel hoje pode provocar novos incidentes violentos no país e nos territórios palestinos.
O Hamas convocou uma série de protestos contra as mortes dos últimos dias (ao menos 69) para marcar esta sexta-feira (dia sagrado para os muçulmanos).
A polícia israelense em Jerusalém disse que pode limitar a entrada de palestinos na Esplanada das Mesquitas, que recebe um grande número de fiéis às sextas-feiras para as orações.
"A polícia deve evitar atos de violência e reagir caso se produza alguma situação perigosa", afirmou Yair Itzhaki, chefe da polícia israelense na cidade.
A polícia disse acreditar que hoje haverá "graves distúrbios" no início da tarde.
Khaled Mashal, líder do Hamas, disse que os palestinos devem optar pela resistência armada contra Israel.
"Antes da Intifada (levante popular entre 1987 e 1993), Israel nem reconhecia a nação palestina. Isso mostra que não temos outra opção a não ser a luta armada", disse.

Árabes israelenses
O ministro israelense para Assuntos Árabes, Matan Vilnai, reuniu-se ontem com prefeitos de cidades árabes israelenses para pedir que eles não participem do "Dia da Ira".
Mustafa Aburaia, prefeito de Sakhnin (norte de Israel), disse que "os acontecimentos podem ser influenciados pela atuação da polícia israelense".
Muitos árabes israelenses participaram dos protestos contra o governo de Israel. Ao menos nove deles morreram nos confrontos.


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