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GUERRA SEM LIMITES
"É bom que eles estejam fora de combate", diz o secretário americano sobre o ataque atribuído à CIA
Rumsfeld festeja a morte de terroristas no Iêmen
DA REDAÇÃO
O secretário da Defesa dos
EUA, Donald Rumsfeld, festejou
o ataque com um míssil que matou seis supostos membros da rede terrorista Al Qaeda, domingo,
no Iêmen. "É muito bom que eles
estejam fora de combate."
Os seis morreram, segundo autoridades americanas, em disparo
de míssil planejado pela CIA e feito por um avião Predator (não-tripulado, guiado via satélite)
contra o carro em que viajavam
no interior do país.
Um dos mortos seria Ali Qaed
Sinan al-Harthi, conhecido como
Abu Ali, que ocupava alto posto
na Al Qaeda. Ele é acusado de participação no ataque ao USS Cole,
em 2000, que matou 17 marinheiros americanos. Segundo o Iêmen, Abu Ali também teria tentado atacar instalações petrolíferas
no território iemeninta.
Mesmo sem admitir explicitamente a responsabilidade pela
ação, o governo americano tentou
justificar a ação no Iêmen, semelhante aos ataques "seletivos" de
Israel contra integrantes de grupos extremistas palestinos -que
Washington condena.
O porta-voz do Departamento
de Estado, Richard Boucher, disse
que a regra "deve ser aplicada algumas vezes, mas em outras não".
"Depende das circunstâncias.
Não dá para comparar a situação
no conflito israelo-palestino, onde uma ação dessas prejudica os
progressos em direção à paz, com
o que aconteceu no Iêmen."
Boucher acrescentou que a posição americana em relação às
ações israelenses não foi alterada.
Ari Fleischer, porta-voz da Casa
Branca, disse que as duas guerras
são diferentes e "acontecem em
campos de batalha distintos".
De acordo com Rumsfeld, as relações entre os EUA e o Iêmen
têm sido positivas. O secretário da
Defesa americano ressaltou que o
presidente iemenita, Ali Abdullah
Saleh, visitou Washington e concordou em cooperar na guerra
contra o terrorismo.
O Iêmen afirma já ter detido 85
membros da Al Qaeda. Desde
2000, quando houve o atentado
contra o USS Cole, as forças militares iemenitas têm recebido treinamento e ajuda militar dos EUA.
Os americanos instalaram sistema de vigilância via satélite para
monitorar aeroportos e portos no
país após o ataque terrorista.
"Nós temos algumas pessoas no
país que estão trabalhando com o
governo iemenita para ajudá-lo",
disse Rumsfeld. O secretário da
Defesa acrescentou que os dois
países têm trocado informações.
Próprias forças
O Iêmen, um dos países mais
pobres do mundo árabe, luta para
alterar sua imagem externa de paraíso de militantes extremistas.
Ontem governo iemenita afirmou que a população deve cooperar com as forças de segurança no
combate aos responsáveis por
"atividades terroristas que têm
como alvo o Iêmen, nosso povo e
nossa economia", fazendo referência à Al Qaeda, de acordo com
a agência de notícias oficial Saba.
O Iêmen afirmou que encontrou traços de explosivos, armas e
equipamentos de comunicação
no carro atingido pelo míssil.
Os membros da Al Qaeda, liderada pelo saudita Osama bin Laden, cuja família tem origem iemenita, seriam protegidos por
clãs que dominam áreas tribais de
difícil acesso no interior do território iemenita, de acordo com autoridades americanas.
Com agências internacionais
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