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Após fim da era Bush, Oriente Médio e Ásia Central fazem alertas a Washington
DA REDAÇÃO
A eleição de Barack Obama à
Presidência dos Estados Unidos foi alvo de advertências em
boa parte do Oriente Médio e
da Ásia Central, regiões que
concentram os maiores fracassos da política externa americana nos últimos anos.
O alerta mais duro partiu do
Taleban, milícia afegã tirada do
poder pelos EUA há sete anos
mas que hoje domina áreas inteiras do país. O grupo exigiu do
presidente eleito que retire as
tropas estrangeiras do Afeganistão e afirmou que o reforço
de contingente prometido na
campanha selará a "a destruição de Obama".
Aliado da Casa Branca, o governo de Cabul também está
insatisfeito com a presença das
forças estrangeiras, que cometeram vários massacres de civis. O presidente Hamid Karzai
cobrou "mudanças" na estratégia para o Afeganistão.
Outra advertência foi feita
pelo governo iraquiano. O
chanceler Hoshyar Zebari advertiu para o risco de uma retirada brusca dos militares americanos do Iraque, que comprometeria a melhora da segurança após cinco anos de guerra.
Bagdá e Washington vêm negociando um acordo que determina a retirada das tropas americanas até 2012 -Obama defende uma saída mais rápida,
em no máximo um ano e meio.
Inimigo declarado do governo Bush, o Irã prometeu "revidar com o dobro da força" a um
eventual ataque dos EUA lançada a partir do Iraque, a exemplo do recente bombardeio
americano contra alvos na Síria. Mas Teerã insistiu em que a
sucessão nos EUA abre caminho para uma reaproximação.
A expectativa de mudanças
positivas prevalece ainda em
alguns países árabes. O Egito,
um aliado, disse esperar que
Obama "ajude a trazer uma paz
justa e permanente", e a Síria,
que mantém relações tensas
com Bush, usou a mídia oficial
para expressar sua esperança
de ver uma nova diplomacia
americana no Oriente Médio.
Até mesmo o grupo egípcio
radical Irmandade Muçulmana, que inspirou a criação da Al
Qaeda, parabenizou e elogiou o
recém-eleito presidente.
Israelenses e palestinos pediram a Obama que continue mediando os esforços de paz.
Com agências internacionais
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