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Na China, TV e telões ignoram a definição da disputa americana
RAUL JUSTE LORES
DE PEQUIM
Na China, só um canal de notícias entre os 15 canais da estatal CCTV cobriu o discurso da
vitória de Obama ao vivo. Nos
canais de maior audiência, a
programação era a normal para
uma quarta-feira de manhã,
com reprises de novelas e musicais de época.
Com exceção de um punhado
de cafés e restaurantes freqüentados por estrangeiros, telões em locais públicos de Pequim não mostravam o resultado da corrida pela Casa Branca.
Cientistas políticos concordam que a eleição não despertou muito interesse na China,
mas alguns vêem a "normalidade" como positiva. "Há um consenso nos EUA em como tratar
a China e nesta campanha nem
se usaram muitos ataques ao
país", diz o analista de relações
internacionais Yang Hengjun.
"De Nixon a Bush, a política
americana em relação a China
foi bem consistente. Mais conversas de alto nível serão necessárias com Obama, pois o futuro depende muito da cooperação dos dois países", diz Zhou
Qi, da Academia Chinesa de
Ciências Sociais.
O presidente, Hu Jintao, e o
primeiro-ministro, Wen Jiabao, enviaram mensagens de
felicitações ao eleito. Hu falou
em "feito histórico".
As áreas de conflito na relação bilateral -direitos humanos, Taiwan, desvantagens na
balança comercial, meio ambiente, a pouca transparência
chinesa na divulgação de seus
gastos militares- ficarão em
segundo plano no governo
Obama, graças à crise econômica, sugerem os especialistas.
"Pequim tem cooperado por
não de desfazer de seus títulos
do Tesouro americano", diz o
professor Qi Zike, da Escola de
Economia da Universidade de
Pequim. A China possui
US$ 550 bilhões em títulos do
Tesouro americano.
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