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Gigante estatal é fiel da balança na greve
DA REDAÇÃO
A grande queda de braço entre
o governo venezuelano e a oposição em relação à paralisação tem
na gigante estatal petrolífera
PDVSA (Petroleos de Venezuela
S.A.) o seu fiel da balança. A Venezuela, membro da Opep (Organização dos Países Exportadores
de Petróleo), é o quinto maior exportador mundial do produto.
Segunda maior empresa petrolífera do mundo -atrás somente
da saudita Aramco-, a PDVSA é
a maior companhia venezuelana e
responde sozinha por 80% das receitas do país com exportações.
Com seus 40 mil empregados
-a Petrobras tem pouco mais de
30 mil-, a empresa produz mais
de US$ 20 bilhões anuais, o equivalente a cerca de um terço do PIB
(Produto Interno Bruto) do país.
Os empregados da PDVSA são
considerados na Venezuela os
mais bem preparados e mais bem
pagos do país. Gerentes e diretores são recrutados entre os melhores profissionais venezuelanos, muitos deles com diplomas
das mais bem conceituadas universidades americanas. Os empregos na estatal são considerados praticamente vitalícios.
O presidente Hugo Chávez declarou certa vez que a empresa é
"um Estado dentro do Estado",
por sua grandiosidade e poder.
Sob o argumento de que a PDVSA
cresceu demais e desordenadamente, ele começou a promover
mudanças em sua estrutura e em
seus principais postos. Em quatro
anos, a companhia já teve quatro
presidentes diferentes.
Chávez abandonou o plano traçado nos anos 1990 para aumentar a produção venezuelana de petróleo de 3,3 milhões de barris ao
dia, em 1997, para 6 milhões, em
2006, e aderiu com vigor às quotas
de produção impostas pela Opep.
As quotas, que visavam pressionar para cima o preço do petróleo
no mercado internacional, não tiveram o resultado esperado, e a
consequência foi uma retração
econômica no país.
Em abril, nomeações do governo para cargos executivos na empresa geraram a crise que levou à
segunda das quatro greves gerais
enfrentadas pelo presidente Chávez no último ano e à megamanifestação que terminou com o golpe frustrado que o tirou do poder
entre os dias 11 e 13 de abril.
(RW)
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