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São Paulo, sábado, 06 de dezembro de 2003

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JUSTIÇA

Segundo alerta francês, eles usariam avião em ataque

Por falta de provas, Bolívia liberta 16 bengaleses suspeitos de terror

DA REDAÇÃO

Por falta de provas, a Bolívia pôs em liberdade "condicional e vigiada" 16 bengaleses (naturais de Bangladesh) presos anteontem por supostos vínculos com o terrorismo internacional. A informação foi confirmada ontem pelo ministro de Governo, Alfonso Ferrufino. As prisões foram feitas depois que a polícia boliviana recebeu um informe do serviço de inteligência francês.
Depois de investigar "mais de 20 bengaleses" radicados legalmente na Bolívia e de prender um grupo de 16 que tentava embarcar anteontem em um vôo para Paris com escala em Buenos Aires, a polícia boliviana decidiu liberar os nove que ainda estavam sob sua custódia, disse Ferrufino.
"Não recebemos nenhuma evidência que nos levasse à conclusão de que essas pessoas estavam prestes a participar de um ato terrorista, a não ser o texto lacônico da carta enviada pelo adido policial da França na Bolívia", disse.
Na "carta reservada", à qual a agência de notícias France Presse teve acesso, lê-se que os "serviços de inteligência franceses têm recebido evidências que levam a acreditar que cidadãos de Bangladesh poderiam embarcar em vôos saídos da América do Sul para sequestrar aeronaves e lançá-las contra alvos americanos".
O adido policial da Embaixada da França em La Paz não quis comentar o documento.
O governo boliviano disse que soltou os bengaleses após consulta a órgãos de seguranças internacionais. Eles foram presos no aeroporto de Santa Cruz de la Sierra, cidade cerca de 900 km a leste de La Paz.
"[O governo] pediu insistentemente à embaixada francesa e a outros organismos de inteligência informações adicionais para nos assegurarmos da decisão que tomamos", disse Ferrufino.
Após as prisões na Bolívia, o governo argentino pediu que a população se mantivesse alerta para um possível ataque terrorista. No mês passado, o país recebera informes de inteligência estrangeiros sobre possíveis atentados.
"Temos de estar alertas. Qualquer cidade pode ser alvo de um atentado terrorista", disse o ministro da Defesa, José Pampuro.


Com agências internacionais


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