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JUSTIÇA
Segundo alerta francês, eles usariam avião em ataque
Por falta de provas, Bolívia liberta 16 bengaleses suspeitos de terror
DA REDAÇÃO
Por falta de provas, a Bolívia
pôs em liberdade "condicional e
vigiada" 16 bengaleses (naturais
de Bangladesh) presos anteontem
por supostos vínculos com o terrorismo internacional. A informação foi confirmada ontem pelo
ministro de Governo, Alfonso
Ferrufino. As prisões foram feitas
depois que a polícia boliviana recebeu um informe do serviço de
inteligência francês.
Depois de investigar "mais de
20 bengaleses" radicados legalmente na Bolívia e de prender um
grupo de 16 que tentava embarcar
anteontem em um vôo para Paris
com escala em Buenos Aires, a
polícia boliviana decidiu liberar
os nove que ainda estavam sob
sua custódia, disse Ferrufino.
"Não recebemos nenhuma evidência que nos levasse à conclusão de que essas pessoas estavam
prestes a participar de um ato terrorista, a não ser o texto lacônico
da carta enviada pelo adido policial da França na Bolívia", disse.
Na "carta reservada", à qual a
agência de notícias France Presse
teve acesso, lê-se que os "serviços
de inteligência franceses têm recebido evidências que levam a acreditar que cidadãos de Bangladesh
poderiam embarcar em vôos saídos da América do Sul para sequestrar aeronaves e lançá-las
contra alvos americanos".
O adido policial da Embaixada
da França em La Paz não quis comentar o documento.
O governo boliviano disse que
soltou os bengaleses após consulta a órgãos de seguranças internacionais. Eles foram presos no aeroporto de Santa Cruz de la Sierra,
cidade cerca de 900 km a leste de
La Paz.
"[O governo] pediu insistentemente à embaixada francesa e a
outros organismos de inteligência
informações adicionais para nos
assegurarmos da decisão que tomamos", disse Ferrufino.
Após as prisões na Bolívia, o governo argentino pediu que a população se mantivesse alerta para
um possível ataque terrorista. No
mês passado, o país recebera informes de inteligência estrangeiros sobre possíveis atentados.
"Temos de estar alertas. Qualquer cidade pode ser alvo de um
atentado terrorista", disse o ministro da Defesa, José Pampuro.
Com agências internacionais
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