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São Paulo, sábado, 06 de dezembro de 2003

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Explosão em Bagdá mata cinco

DA REDAÇÃO

Pelo menos quatro iraquianos e um soldado americano morreram ontem ao serem atingidos por uma explosão em uma região comercial movimentada de Bagdá. O ataque foi o primeiro do tipo a atingir civis iraquianos desde o último dia 22, quando carros-bomba mataram 18 pessoas.
Segundo testemunhas, o artefato explodiu no momento em que um microônibus lotado e um comboio militar dos EUA se cruzavam em uma avenida da capital, a poucas quadras de uma mesquita, numa região conhecida como Nova Bagdá. O veículo civil foi seriamente danificado. As janelas foram estilhaçadas, e poças de sangue se espalharam pelo chão.
A polícia iraquiana informou que 16 civis foram feridos na explosão. Outro comboio americano foi atacado na região norte da capital, mas ninguém saiu ferido.
"A mina foi detonada por controle remoto", disse o capitão de polícia Sami Hadi. "Isso é coisa de terroristas, que não se preocupam se há [civis] iraquianos perto."
Com o incidente, chegam a 190 os soldados americanos mortos em ataques desde o anúncio do fim dos principais combates, em 1º de maio. Ações hostis nesse período ainda causaram a morte de 37 soldados de outros países da coalizão ocupante e de dezenas de iraquianos.
Hoje, o secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, um dos maiores advogados da operação militar no Iraque dentro do governo americano, visita suas tropas no país. O giro de Rumsfeld pelo Oriente Médio e pela Ásia Central inclui o Azerbaijão, o Afeganistão e a Geórgia.

Previsão sombria
Outubro e novembro foram os meses mais violentos do pós-guerra. Apesar do relativo arrefecimento da onda de ataques contra alvos civis no Iraque nas últimas duas semanas, segundo o comando americano, o diplomata americano Paul Bremer, que governa o país, prevê uma nova escalada de violência enquanto o país se prepara para a transição governamental.
Os EUA pretendem passar o poder a uma administração interina iraquiana em julho do próximo ano. Esse governo provisório será eleito indiretamente por assembléias de líderes regionais, conforme proposta aprovada pelo Conselho de Governo Iraquiano no último dia 15.
"Nessa fase que começa agora e vai até o fim de junho vamos ver um aumento dos ataques, porque as pessoas que são contra nós já perceberam que este é um momento histórico para a reconstrução política e econômica deste país", declarou Bremer em entrevista à Associated Press.


Com agências internacionais

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