|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Explosão em Bagdá mata cinco
DA REDAÇÃO
Pelo menos quatro iraquianos e
um soldado americano morreram ontem ao serem atingidos
por uma explosão em uma região
comercial movimentada de Bagdá. O ataque foi o primeiro do tipo a atingir civis iraquianos desde
o último dia 22, quando carros-bomba mataram 18 pessoas.
Segundo testemunhas, o artefato explodiu no momento em que
um microônibus lotado e um
comboio militar dos EUA se cruzavam em uma avenida da capital, a poucas quadras de uma mesquita, numa região conhecida como Nova Bagdá. O veículo civil foi
seriamente danificado. As janelas
foram estilhaçadas, e poças de
sangue se espalharam pelo chão.
A polícia iraquiana informou
que 16 civis foram feridos na explosão. Outro comboio americano foi atacado na região norte da
capital, mas ninguém saiu ferido.
"A mina foi detonada por controle remoto", disse o capitão de
polícia Sami Hadi. "Isso é coisa de
terroristas, que não se preocupam
se há [civis] iraquianos perto."
Com o incidente, chegam a 190
os soldados americanos mortos
em ataques desde o anúncio do
fim dos principais combates, em
1º de maio. Ações hostis nesse período ainda causaram a morte de
37 soldados de outros países da
coalizão ocupante e de dezenas de
iraquianos.
Hoje, o secretário da Defesa dos
EUA, Donald Rumsfeld, um dos
maiores advogados da operação
militar no Iraque dentro do governo americano, visita suas tropas no país. O giro de Rumsfeld
pelo Oriente Médio e pela Ásia
Central inclui o Azerbaijão, o Afeganistão e a Geórgia.
Previsão sombria
Outubro e novembro foram os
meses mais violentos do pós-guerra. Apesar do relativo arrefecimento da onda de ataques contra alvos civis no Iraque nas últimas duas semanas, segundo o comando americano, o diplomata
americano Paul Bremer, que governa o país, prevê uma nova escalada de violência enquanto o
país se prepara para a transição
governamental.
Os EUA pretendem passar o poder a uma administração interina
iraquiana em julho do próximo
ano. Esse governo provisório será
eleito indiretamente por assembléias de líderes regionais, conforme proposta aprovada pelo Conselho de Governo Iraquiano no
último dia 15.
"Nessa fase que começa agora e
vai até o fim de junho vamos ver
um aumento dos ataques, porque
as pessoas que são contra nós já
perceberam que este é um momento histórico para a reconstrução política e econômica deste
país", declarou Bremer em entrevista à Associated Press.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Ex-secretário dos EUA vai negociar dívida iraquiana Próximo Texto: Saúde: Publicação médica pede que Blair criminalize cigarro no Reino Unido Índice
|