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ÁSIA
EUA tramam uma guerra nuclear, segundo Pyongyang
Agência da ONU dá última chance ao governo da Coréia do Norte
DA REDAÇÃO
A Agência Internacional de
Energia Atômica (AIEA) decidiu
ontem dar uma última chance à
Coréia do Norte, esperando que
seu governo aceite o retorno dos
inspetores da agência, expulsos
do país na semana passada. Já o
isolado Estado comunista acusou
Washington de tramar uma guerra nuclear.
A AIEA, que faz parte do sistema da ONU, aprovou uma resolução na qual ameaça dizer ao
Conselho de Segurança da ONU
que a Coréia do Norte está violando as garantias nucleares estabelecidas internacionalmente, o que
poderia acarretar represálias. Isso
se Pyongyang não aceitar cooperar com os inspetores da agência.
Porém o conselho de direção da
AIEA não estabeleceu um prazo
específico para que o governo
norte-coreano permita a entrada
de seus funcionários no país, o
que serviria para atenuar a tensão
criada pela controvérsia em torno
do programa nuclear norte-coreano. Em dezembro, Pyongyang
decidiu desafiar a comunidade
internacional e reativar um reator
capaz de enriquecer plutônio.
Em relação à falta de um prazo
específico, Mohamed el Baradei,
chefe da AIEA, afirmou que os
inspetores deverão voltar à Coréia
do Norte em "algumas semanas".
Ele disse ainda que se trata da "última chance" dada ao governo
norte-coreano.
Se a AIEA disser ao Conselho de
Segurança que a Coréia do Norte
está violando acordos internacionais, o órgão poderá autorizar o
uso de força militar contra os norte-coreanos. Mas os EUA têm-se
mostrado mais inclinados a buscar uma solução diplomática para
a crise. Ontem o presidente George W. Bush disse que os EUA
"não pretendem invadir a Coréia
do Norte" e que Washington dialogará com Pyongyang.
Expressando descontentamento com a decisão do conselho de
direção da AIEA, autoridades
norte-coreanas disseram que os
EUA estão "tramando uma guerra nuclear" ao levar adiante seus
planos de construir um sistema
de defesa antimísseis.
Pyongyang também ameaçou
"destruir" os EUA se Washington
lançar um ataque aos norte-coreanos por conta da crise em torno do programa nuclear, segundo
a agência de notícias oficial do
país.
Com agências internacionais
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