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CARIBE
Invasão de Gonaives deixou 11 mortos e 20 feridos
Após tomarem cidade, rebeldes querem depor presidente do Haiti
DA REDAÇÃO
Um grupo armado de opositores ao governo do presidente
Jean-Bertrand Aristide assumiu o
controle de Gonaives, a quarta
maior cidade do Haiti. A ação deixou ao menos 11 mortos e 20 feridos. A expectativa era de mais
violência, já que o governo decidiu enviar policiais para retomar
a cidade.
Os rebeldes da Frente de Resistência Revolucionária de Artibonita (FRRA), que exige a demissão de Aristide, circulavam armados em motos e carros pela cidade
de 200 mil habitantes, um dia
após terem atacado a central de
polícia local.
Anteontem, os rebeldes também soltaram todos os presos e
saquearam os escritórios do delegado de governo, que representa
o Estado na cidade.
Segundo a imprensa local, a
ação rebelde provocou uma fuga
em massa dos moradores e dos
policiais que vivem no centro da
cidade, no noroeste do país.
"São ações terroristas, e a polícia
intervirá para restabelecer a ordem e proteger a população", disse ontem à France Presse o secretário de Comunicações do Haiti,
Mario Dupuy.
A cidade de Gonaives tem sido
sacudida desde setembro por atos
de violência política, que agora
somam 53 mortos e 119 feridos.
Ex-aliados
A FRRA afirma que foi armada
pela governo haitiano na época
em que essa organização apoiava
Aristide. Após o assassinato, em
22 de setembro passado, do líder,
Amiot Metayer, os rebeldes passaram para a oposição após acusar o governo de envolvimento no
crime.
O governo haitiano nega que tenha armado a FRRA e acusa a organização de fazer parte de uma
rede terrorista internacional.
Reeleito em 2000, o ex-padre
Aristide é acusado de fraudar as
eleições parlamentares pela oposição, que exige a sua renúncia e a
convocação de um novo pleito.
Com uma população de 7,5 milhões de pessoas, o Haiti é o país
mais pobre das Américas. A expectativa de vida no país é de apenas 51 anos, enquanto a taxa de
desemprego está em cerca de
70%.
Com agências internacionais
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