São Paulo, sábado, 7 de fevereiro de 1998

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Aviões dos EUA se chocam durante manobra no golfo

das agências internacionais

Dois caças norte-americanos que faziam manobras na região do golfo Pérsico se chocaram ontem no ar. Os aviões haviam saído do George Washington, um dos três porta-aviões dos EUA que estão no local.
As primeiras informações do Pentágono indicavam que o piloto de um dos F-18 havia sido resgatado com vida. As buscas pelo outro piloto continuavam em curso.
O acidente ocorreu a cerca de 50 km da costa do Kuait, país que apóia os EUA ante a possibilidade de confronto com o Iraque.
Enquanto os EUA intensificavam sua mobilização militar, a Rússia continuava insistindo ontem em uma solução diplomática para a crise.
O chanceler russo, Ievguêni Primakov, admitiu em Moscou que as opções de diálogo estão se esgotando, mas disse que, "de qualquer modo, a Rússia tentará evitar uma saída militar".
O vice-chanceler Viktor Posivaliuk continuava ontem em Bagdá para consultas com lideranças iraquianas. Segundo Primakov, a Rússia quer mostrar aos seus colegas do Conselho de Segurança que o Iraque está tentando cumprir as determinações da ONU.
A França compartilha a posição russa, mais conciliadora, em oposição aos EUA e Reino Unido, que defendem a opção bélica.
O governo francês, assim como a Rússia, tem interesses econômicos no Iraque, e pediu ontem que o país possa importar equipamento para produção de petróleo.
Sob embargo da ONU, o Iraque só pode vender US$ 2 bilhões em petróleo por semestre para comprar comida e remédios.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, propôs nesta semana que a quota passe para US$ 5,2 bilhões. A proposta teve o apoio dos EUA, mas recebeu ontem críticas do próprio governo iraquiano, que a considera insuficiente.



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