São Paulo, sexta-feira, 07 de março de 2008

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Protesto reúne contrabandistas de gasolina

FABIANO MAISONNAVE
ENVIADO ESPECIAL A SAN ANTONIO DEL TÁCHIRA (VENEZUELA)

O nome de Cooperativa dos Recoletores e Comerciantes de Hidrocarbonetos da Zona Fronteiriça esconde o que os seus cerca de cem sócios fazem na prática: perfilados à beira da rodovia que liga a cidade colombiana de Cúcuta à fronteira venezuelana com San Antonio del Táchira, vendem livremente gasolina venezuelana contrabandeada.
Com a decisão do presidente Hugo Chávez de restringir a venda de gasolina na zona fronteiriça em meio à crise diplomática, os "galoneiros" se acharam no direito de fechar ontem a ponte internacional Simón Bolívar para protestar contra as medidas adotadas pelo governo venezuelano.
Vestindo coletes estampados com dois galões e um funil nas costas, dezenas deles se uniram a uma marcha de trabalhadores têxteis vinda da Venezuela. Portando bandeiras dos dois países, fizeram discursos inflamados contra as medidas de Chávez e a ameaça de guerra.
"Se continuar assim, toda a fronteira da Colômbia vai parar", diz o presidente da Rehezof, Samuel Ramirez. A cooperativa age sem nenhum tipo de repressão do lado colombiano. Muitos dos "galoneiros" vendem diante da Aduana.
A venda de gasolina contrabandeada ali é tão banalizada que não há nenhum posto de combustível do lado colombiano, apesar do tráfego intenso.


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