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Protesto reúne contrabandistas de gasolina
FABIANO MAISONNAVE
ENVIADO ESPECIAL A SAN ANTONIO DEL TÁCHIRA (VENEZUELA)
O nome de Cooperativa
dos Recoletores e Comerciantes de Hidrocarbonetos da Zona Fronteiriça
esconde o que os seus cerca de cem sócios fazem na
prática: perfilados à beira
da rodovia que liga a cidade colombiana de Cúcuta à
fronteira venezuelana
com San Antonio del Táchira, vendem livremente
gasolina venezuelana contrabandeada.
Com a decisão do presidente Hugo Chávez de restringir a venda de gasolina
na zona fronteiriça em
meio à crise diplomática,
os "galoneiros" se acharam no direito de fechar
ontem a ponte internacional Simón Bolívar para
protestar contra as medidas adotadas pelo governo
venezuelano.
Vestindo coletes estampados com dois galões e
um funil nas costas, dezenas deles se uniram a uma
marcha de trabalhadores
têxteis vinda da Venezuela. Portando bandeiras dos
dois países, fizeram discursos inflamados contra
as medidas de Chávez e a
ameaça de guerra.
"Se continuar assim, toda a fronteira da Colômbia
vai parar", diz o presidente
da Rehezof, Samuel Ramirez. A cooperativa age sem
nenhum tipo de repressão
do lado colombiano. Muitos dos "galoneiros" vendem diante da Aduana.
A venda de gasolina contrabandeada ali é tão banalizada que não há nenhum posto de combustível do lado colombiano,
apesar do tráfego intenso.
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