São Paulo, sexta-feira, 07 de março de 2008

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Situação em Gaza é a pior em 40 anos

DA REDAÇÃO

Um grupo de oito entidades humanitárias britânicas divulgou ontem relatório que afirma que os palestinos de Gaza, após o bloqueio de Israel, enfrentam a maior crise desde 1967, com falta de alimentos, remédios e serviços de saneamento básico.
Segundo a Care International e as outras entidades, cerca de 1,1 milhão de palestinos, ou 80% da população do território, depende de cestas básicas entregues por organizações filantrópicas, contra 63% em 2006.
A taxa de desemprego beira 40% da população e quase 70% dos 110 mil palestinos que trabalhavam no setor privado perderam seus empregos por causa do bloqueio das fronteiras.
Os hospitais enfrentam cortes de energia de oito a 12 horas por dia, e cerca de 18% dos doentes que procuram se tratar fora de Gaza não obtêm a autorização israelense para atravessar a fronteira.
Israel retirou tropas e assentamentos de Gaza em 2005 e impôs restrições em junho do ano passado, quando o Hamas, que venceu as eleições legislativas de janeiro de 2006, expulsou do território o grupo rival Fatah, do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas. As restrições foram aumentadas em janeiro último.
O Ministério da Defesa de Israel rejeitou o documento, culpando os líderes do Hamas pela situação em Gaza.
O relatório de 16 páginas pede que o Reino Unido pressione Israel para reverter a política de não negociar com líderes do Hamas.
Uma operação militar de Israel em Gaza matou 127 palestinos nos últimos oito dias. Ontem explosões em um posto militar israelense mataram um soldado.
Representantes egípcios se reuniram ontem com autoridades do Hamas e da Jihad Islâmica, na cidade de El Arish, no Egito.


Com agências internacionais.


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