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Situação em Gaza é a pior em 40 anos
DA REDAÇÃO
Um grupo de oito entidades humanitárias britânicas
divulgou ontem relatório
que afirma que os palestinos
de Gaza, após o bloqueio de
Israel, enfrentam a maior
crise desde 1967, com falta de
alimentos, remédios e serviços de saneamento básico.
Segundo a Care International e as outras entidades,
cerca de 1,1 milhão de palestinos, ou 80% da população
do território, depende de
cestas básicas entregues por
organizações filantrópicas,
contra 63% em 2006.
A taxa de desemprego beira 40% da população e quase
70% dos 110 mil palestinos
que trabalhavam no setor
privado perderam seus empregos por causa do bloqueio
das fronteiras.
Os hospitais enfrentam
cortes de energia de oito a 12
horas por dia, e cerca de 18%
dos doentes que procuram se
tratar fora de Gaza não obtêm a autorização israelense
para atravessar a fronteira.
Israel retirou tropas e assentamentos de Gaza em
2005 e impôs restrições em
junho do ano passado, quando o Hamas, que venceu as
eleições legislativas de janeiro de 2006, expulsou do território o grupo rival Fatah,
do presidente da Autoridade
Nacional Palestina, Mahmoud Abbas. As restrições
foram aumentadas em janeiro último.
O Ministério da Defesa de
Israel rejeitou o documento,
culpando os líderes do Hamas pela situação em Gaza.
O relatório de 16 páginas
pede que o Reino Unido
pressione Israel para reverter a política de não negociar
com líderes do Hamas.
Uma operação militar de
Israel em Gaza matou 127
palestinos nos últimos oito
dias. Ontem explosões em
um posto militar israelense
mataram um soldado.
Representantes egípcios
se reuniram ontem com autoridades do Hamas e da Jihad Islâmica, na cidade de El
Arish, no Egito.
Com agências internacionais.
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