São Paulo, sábado, 07 de março de 2009

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Presidente americano é fiel ao roteiro, com ajuda constante do teleprompter

DO "NEW YORK TIMES"

Quando apresentou sua nova escolhida para chefiar a pasta de Saúde, nesta semana, o presidente Obama voltou a cabeça da direita para a esquerda, mas não estava olhando para o público. Ele estava lendo de dois teleprompters colocados do lado de fora da tomada estreita da câmera de televisão. Quando terminou, os teleprompters começaram a descer até o chão. A nomeada, a governadora Kathleen Sebelius, do Kansas, pareceu surpresa.
Os presidentes normalmente usam o teleprompter em discursos mais importantes, mas Obama os emprega para anúncios rotineiros. Ele os usou durante uma visita a uma fábrica da Caterpillar em Peoria, Illinois. Os usou até para falar de espécies em perigo de extinção.
Para Obama, um teleprompter significa disciplina na mensagem. Afinal, ele é um autor de best-sellers que já ajudou a escrever muitos dos próprios discursos. Presume-se que sinta certa fidelidade ao texto redigido com cuidado.
Michael Waldman, que foi redator dos discursos do presidente Bill Clinton, disse que Obama é um dos poucos políticos capazes de fazer uso eficiente de um teleprompter. "Acho que ninguém duvida que expresse os próprios pensamentos."
Mas Bradley A. Blakeman, ex-assessor do presidente George W. Bush, disse que o teleprompter faz Obama parecer um robô. Quando responde a perguntas sem roteiro, disse, "sua fala é muito hesitante, e você o vê tomando um bom tempo para refletir sobre o que dizer".


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