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São Paulo, segunda-feira, 07 de abril de 2003

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AJUDA DE FORA

Americanos dizem ter capturado sudaneses e egípcios em área que seria campo para terroristas

Coalizão anuncia prisão de estrangeiros

DA REDAÇÃO

O Comando Central dos EUA no Qatar informou ontem ter capturado no Iraque combatentes do Sudão, do Egito e de outros países. Prisioneiros teriam fornecido informações que levaram à descoberta de um suposto campo de treinamento para terroristas.
O general Vincent Brooks afirmou que a base, localizada em Salman Pak (30 km ao sul de Bagdá), demonstra a "relação entre o regime [iraquiano" e o terrorismo". Disse também que não foram encontradas evidências que associe o campo a organizações terroristas específicas.
Quando o Iraque estava desenvolvendo seu programa de armas biológicas, antes da Guerra do Golfo, o principal laboratório ficava em um complexo secreto em Salman Pak. Na cidade, há também uma pista de pouso que, de acordo com o comando americano, foi usada recentemente pelos iraquianos que ofereciam treinamento terrorista a extremistas islâmicos.
Os EUA, o Reino Unido e seus aliados iniciaram a guerra contra o Iraque em 20 de março, acusando o ditador Saddam Hussein de ocultar armas químicas e outras armas de destruição em massa.
Desde o início da ataque, oficiais do Exército americano têm acusado o Iraque de usar táticas "terroristas". "Alguns desses combatentes são do Sudão, outros do Egito e outros de outros lugares", disse Brooks. "Matamos alguns e capturamos outros."
O governo iraquiano tem apelado a simpatizantes em outros países para se juntarem a suas forças na batalha contra as forças da coalizão. Nos últimos dias, há relatos de que várias pessoas de países árabes viajaram para o Iraque para fazer exatamente isso.
Brooks deu apenas detalhes vagos sobre o que convenceu o Comando Central dos EUA a acreditar ter descoberto um campo de treinamento para terroristas. Referiu-se somente ao trabalho que era feito pelos combatentes estrangeiros capturados e as "interferências do tipo de treinamento que eles receberam".
Ele disse que tanques, caminhões pra transporte de combatentes e prédios foram destruídos no campo. "Tudo isso -quando você une, nos relatórios, de onde eles são e por que parecem estar aqui- nos diz que ainda há uma clara conexão entre esse regime e terrorismo", afirmou Brooks.
Ainda não foram encontradas armas de destruição em massa no Iraque. De acordo com Brooks, porém, o Exército ainda não chegou aos locais onde provavelmente essas armas estão.
Ele afirmou ainda que o risco de que o governo iraquiano use tais armas diminui à medida que as forças da coalizão avançam.


Com agências internacionais


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