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São Paulo, quarta-feira, 07 de maio de 2003

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Tortura Nunca Mais critica repressão cubana

MÁRIO MAGALHÃES
DA SUCURSAL DO RIO

Com uma nota intitulada "Cuba: um atentado contra a esperança", o grupo Tortura Nunca Mais, do Rio de Janeiro, reprovou a onda repressiva do regime castrista.
A condenação de 75 oposicionistas a até 27 anos de prisão e a execução de três homens que tentaram sequestrar uma lancha para fugir do país, episódios ocorridos no mês passado, foram qualificados de "gravíssimos".
"Nenhuma circunstância ou motivo justifica o fato de um Estado nação -responsável pela proteção de seus cidadãos- atentar contra o valor maior da humanidade, o direito à vida", diz a nota.
O Tortura Nunca Mais é uma das mais atuantes organizações de defesa dos direitos humanos no Brasil. O grupo apóia as políticas sociais cubanas e se opõe ao embargo mantido pelos EUA, porém condena a repressão política.
"Os recentes acontecimentos representam um brutal retrocesso na construção de uma nova sociedade. São atos que se igualam àqueles cometidos, sistematicamente, pelo seu principal inimigo, o governo norte-americano."
A nota diz também "ser fundamental a sistemática reprovação a esse tipo de prática -em qualquer lugar que ocorra- que, como nas ditaduras, coloca somente para alguns -os que concordam com o regime- o direito à vida e à humanidade". A mensagem foi enviada ao governo cubano.

Desafio
Ontem, o chanceler cubano, Felipe Pérez Roque, afirmou que uma guerra dos EUA contra Cuba duraria "cem anos", e os cubanos "defenderiam com força sua independência", ressaltando que o país deveria manter "relações normais" com Washington. "Fidel Castro não tem estátuas que possam ser derrubadas", disse Pérez, aludindo à guerra no Iraque.


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