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Tortura Nunca Mais critica repressão cubana
MÁRIO MAGALHÃES
DA SUCURSAL DO RIO
Com uma nota intitulada "Cuba: um atentado contra a esperança", o grupo Tortura Nunca Mais, do Rio de Janeiro, reprovou a onda repressiva do regime castrista.
A condenação de 75 oposicionistas a até 27 anos de prisão e a
execução de três homens que tentaram sequestrar uma lancha para fugir do país, episódios ocorridos no mês passado, foram qualificados de "gravíssimos".
"Nenhuma circunstância ou
motivo justifica o fato de um Estado nação -responsável pela proteção de seus cidadãos- atentar contra o valor maior da humanidade, o direito à vida", diz a nota.
O Tortura Nunca Mais é uma
das mais atuantes organizações
de defesa dos direitos humanos
no Brasil. O grupo apóia as políticas sociais cubanas e se opõe ao
embargo mantido pelos EUA, porém condena a repressão política.
"Os recentes acontecimentos
representam um brutal retrocesso
na construção de uma nova sociedade. São atos que se igualam
àqueles cometidos, sistematicamente, pelo seu principal inimigo,
o governo norte-americano."
A nota diz também "ser fundamental a sistemática reprovação a
esse tipo de prática -em qualquer lugar que ocorra- que, como nas ditaduras, coloca somente para alguns -os que concordam
com o regime- o direito à vida e
à humanidade". A mensagem foi
enviada ao governo cubano.
Desafio
Ontem, o chanceler cubano, Felipe Pérez Roque, afirmou que
uma guerra dos EUA contra Cuba
duraria "cem anos", e os cubanos
"defenderiam com força sua independência", ressaltando que o
país deveria manter "relações
normais" com Washington. "Fidel Castro não tem estátuas que
possam ser derrubadas", disse Pérez, aludindo à guerra no Iraque.
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