das agências internacionais

Um norte-americano decidiu processar indústrias do seu país devido a doenças contraídas pelo que ele qualifica de "vício irrefreável". Esse tipo de ação já se tornou comum nos EUA em relação à indústria de cigarros, mas o caso de Norman Mayo, 61, de Seattle (Costa Oeste), chama a atenção porque o alvo são empresas de laticínios.
"Eu bebia leite como os outros bebem água ou cerveja. Sempre gostei de um copo de leite gelado -e bebi muitos", relatou. Por causa disso, diz, sofreu endurecimento das artérias e um derrame cerebral.
Como os cigarros
Mayo argumenta que poderia ter evitado a doença se as embalagens de leite integral contivessem advertências contra o consumo excessivo de gorduras e colesterol.
"Se os produtos de tabaco levam advertências nas etiquetas, por que não os laticínios?", argumenta Mayo, que é um ex-fumante. "Acho o leite tão perigoso quanto o tabaco", relatou à agência "Associated Press".
As duas empresas ameaçadas -a Safeway e a Associação de Produtores Lácteos do Estado de Washington- não responderam ao pedido de acordo por considerá-lo improcedente. As autoridades do Estado também já manifestaram que consideram absurdo comparar o consumo de leite ao fumo.
Além de reivindicar alertas aos consumidores de leite, Mayo quer reembolso pelas despesas médicas e uma indenização, que não foi especificada. Ele diz que, desde que sofreu um derrame, como consequência da alteração nas artérias, só toma leite desnatado.


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