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IRAQUE OCUPADO
Mais 19 são presos
Iraquianos se dividem ao avaliar ocupação
DA REDAÇÃO
Passados quase cem dias desde
o anúncio do fim das principais
operações de combate no Iraque
-período em que o controle da
segurança e o processo de transição política avançaram em uma
velocidade menor do que a imaginada pelo EUA- a população do
país se divide ao opinar sobre a
administração anglo-americana.
Uma enquete do Centro Iraquiano de Pesquisa e Estudos Estratégicos -feita entre 13 e 23 de
julho e divulgada ontem- mostrou que 32,6% dos 2.600 entrevistados estavam otimistas quanto à capacidade da administração
anglo-americana de reconstruir o
Iraque, enquanto 32% se disseram pessimistas. Outros 17,8%
não opinaram, e 17,6% disseram
ser cedo para avaliar. A margem
de erro é de 3 pontos percentuais.
Para os responsáveis pelo estudo, os resultados apontam um
"grande problema de comunicação entre a administração [anglo-americana] e os iraquianos".
A melhora da segurança e da
economia foram apontadas como
prioridade. Dos que responderam, 39% afirmaram que a segurança deveria ser entregue à polícia iraquiana, e apenas 5,5% se
disseram favoráveis a uma força
de manutenção de paz da ONU.
Devem embarcar hoje para o
Iraque até 1.800 soldados ucranianos, que farão parte de uma força
de 9.000 homens a ser liderada
pela Polônia na região central do
Iraque com o objetivo de substituir parte do contingente americano -cerca de 150 mil soldados.
Ataques
A prioridade para os americanos é a segurança, e o foco de operações nas últimas semanas tem
sido o chamado Triângulo Sunita
- região entre Bagdá (centro),
Tikrit (norte) e Fallujah (oeste) e
reduto de Saddam Hussein- que
concentra os ataques anti-EUA.
Um suspeito de cometer ataques contra americanos -que, só
no pós-guerra, mataram 53 soldados dos EUA- foi morto ontem
e outros 19 foram presos, incluindo um suposto líder cujo nome
não foi divulgado. Os militares
afirmaram se tratar de um irmão
de Adnan Abdullah Abid al Musslit, guarda-costas de Saddam
Hussein. O ex-ditador está desaparecido desde abril.
As tropas dos EUA também
anunciaram a apreensão de um
arsenal a 40 km de Tikrit, cidade
em que Saddam foi criado. Entre
as armas, achadas com a ajuda de
um informante iraquiano, estavam mísseis de até sete metros de
comprimento, 3.000 morteiros,
250 foguetes antitanque e quase
2.000 peças de artilharia.
Com agências internacionais
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