UOL


São Paulo, quinta-feira, 07 de agosto de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

IRAQUE OCUPADO

Mais 19 são presos

Iraquianos se dividem ao avaliar ocupação

DA REDAÇÃO

Passados quase cem dias desde o anúncio do fim das principais operações de combate no Iraque -período em que o controle da segurança e o processo de transição política avançaram em uma velocidade menor do que a imaginada pelo EUA- a população do país se divide ao opinar sobre a administração anglo-americana.
Uma enquete do Centro Iraquiano de Pesquisa e Estudos Estratégicos -feita entre 13 e 23 de julho e divulgada ontem- mostrou que 32,6% dos 2.600 entrevistados estavam otimistas quanto à capacidade da administração anglo-americana de reconstruir o Iraque, enquanto 32% se disseram pessimistas. Outros 17,8% não opinaram, e 17,6% disseram ser cedo para avaliar. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.
Para os responsáveis pelo estudo, os resultados apontam um "grande problema de comunicação entre a administração [anglo-americana] e os iraquianos".
A melhora da segurança e da economia foram apontadas como prioridade. Dos que responderam, 39% afirmaram que a segurança deveria ser entregue à polícia iraquiana, e apenas 5,5% se disseram favoráveis a uma força de manutenção de paz da ONU.
Devem embarcar hoje para o Iraque até 1.800 soldados ucranianos, que farão parte de uma força de 9.000 homens a ser liderada pela Polônia na região central do Iraque com o objetivo de substituir parte do contingente americano -cerca de 150 mil soldados.

Ataques
A prioridade para os americanos é a segurança, e o foco de operações nas últimas semanas tem sido o chamado Triângulo Sunita - região entre Bagdá (centro), Tikrit (norte) e Fallujah (oeste) e reduto de Saddam Hussein- que concentra os ataques anti-EUA.
Um suspeito de cometer ataques contra americanos -que, só no pós-guerra, mataram 53 soldados dos EUA- foi morto ontem e outros 19 foram presos, incluindo um suposto líder cujo nome não foi divulgado. Os militares afirmaram se tratar de um irmão de Adnan Abdullah Abid al Musslit, guarda-costas de Saddam Hussein. O ex-ditador está desaparecido desde abril.
As tropas dos EUA também anunciaram a apreensão de um arsenal a 40 km de Tikrit, cidade em que Saddam foi criado. Entre as armas, achadas com a ajuda de um informante iraquiano, estavam mísseis de até sete metros de comprimento, 3.000 morteiros, 250 foguetes antitanque e quase 2.000 peças de artilharia.


Com agências internacionais

Texto Anterior: EUA: Schwarzenegger anuncia candidatura
Próximo Texto: Livro: Dávila e Varella lançam "Diário" hoje
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.