DA REDAÇÃO

O minissubmarino russo que estava preso a 190 metros de profundidade, no oceano Pacífico, perto da península de Kamtchatka, foi resgatado à 0h50 (horário de Brasília) de ontem, segundo informaram agências do governo russo.
Um veículo de resgate da Marinha britânica havia conseguido libertar o submarino parcialmente. Até a conclusão desta edição, não havia dados sobre o estado de saúde dos sete tripulantes.
No último contato feito com a tripulação, às 19h em Moscou (12h em Brasília), o estado dos sete marinheiros a bordo era "satisfatório", de acordo com vice-almirante da Marinha russa.
A tentativa de salvá-los se transformou numa corrida contra o relógio por causa da pouca reserva de oxigênio da embarcação. A previsão do governo russo é que só haverá oxigênio suficiente até hoje se o consumo for mínimo.
Depois de informar inicialmente que o minissubmarino havia se enroscado numa rede de pesca, o governo russo disse ontem que a embarcação ficou presa num sistema submarino de antenas, ancorado por um peso de cerca de 60 toneladas. Segundo a Interfax, a explosão destruiria essa âncora.

Tentativa frustrada
Anteontem à noite, uma tentativa de arrastar o minissubmarino em direção à costa falhou e foi descartada. O acidente ocorreu a cerca de 80 km do litoral.
De acordo com o governo russo, o minissubmarino está muito distante tanto para mergulhadores alcançarem-no quanto para a tripulação nadar até a superfície.
A pedido do presidente russo, Vladimir Putin, os EUA e o Reino Unido enviaram equipes de resgate com veículos robóticos submarinos. Há cinco anos, Putin foi duramente criticado ao recusar a ajuda internacional durante acidente semelhante com o submarino nuclear Kursk. Todos os 118 tripulantes morreram.
O minissubmarino, modelo AS-28, tem apenas 13,5 metros de comprimento e 3,8 metros de largura e pode alcançar um profundidade máxima de mil metros. O seu suprimento de oxigênio é para até 120 horas. O acidente ocorreu na quinta-feira, durante exercícios militares com o Japão.