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GUERRA SEM LIMITES
Opositores devem aceitar dar poderes a Bush; embaixador do Iraque diz que país aceitaria nova decisão da ONU
Congresso aprovará resolução, diz líder democrata
DA REDAÇÃO
O Congresso dos EUA deve
apoiar com grande maioria uma
resolução autorizando uma ação
militar contra o Iraque, segundo o
líder da maioria no Senado, Tom
Daschle, do Partido Democrata.
Já o embaixador do Iraque nas
Nações Unidas, Mohammed al
Douri, afirmou que Bagdá estaria
disposta a aceitar uma nova resolução do Conselho de Segurança
da ONU, como desejam os EUA.
O senador democrata, que recentemente havia feito ressalvas a
dar poderes ao presidente George
W. Bush, disse que a resolução será aprovada por ampla maioria
no Senado nesta semana ou em
breve. "Trata-se de uma primeira
autorização para o uso da força
unilateral e preventiva", afirmou.
A resolução autorizaria Bush a
utilizar "todos os meios necessários" contra o regime do ditador
iraquiano, Saddam Hussein. Bush
acusa Saddam de desenvolver armas de destruição em massa e de
colaborar com grupos terroristas
internacionais. O Iraque nega.
Porém Daschle afirmou em entrevista à rede de TV NBC que
deixará claro todas as suas objeções à resolução "Queremos nos
assegurar que tudo seja feito corretamente", disse. Em sua avaliação, o a resolução será aprovada
por 75%. Na Câmara dos Deputados, de maioria republicana, não
deverá haver problemas para
Bush, que é do Partido Republicano, aprovar a resolução.
O líder da minoria republicana
no Senado, Trent Lott, afirmou
que "a resolução, da maneira que
está posta, está boa. Mas, se for
necessário, certamente poderemos mudar algo para chegarmos
a um acordo no Senado".
Iraque
O embaixador do Iraque na
ONU disse ontem que Bagdá estaria disposta a aceitar uma nova resolução da ONU. "Não somos
contra nenhuma resolução. Primeiro precisamos ter essas resoluções em nossas mãos e depois
poderemos concluir", disse.
Saddam afirmou ontem, porém, que o objetivo dos EUA com
uma nova resolução é inventar
uma mentira para atacar o Iraque.
O embaixador disse ainda que o
Iraque "quer ver esse problema
solucionado logo, para que as
sanções sejam levantadas".
O diplomata iraquiano ironizou
ainda as resoluções. "Facilitaremos todo o acesso, faremos tudo
para terminar com essa questão
de armas destruição em massa,
por uma simples razão: não temos armas de destruição em massa", afirmou.
"Os inspetores das Nações Unidas podem chegar quando quiserem e não serão colocados obstáculos ao trabalho deles", segundo
o embaixador iraquiano.
O chanceler iraquiano, Naji Sabri, deu declaração similar ontem,
afirmando que "somente os inspetores poderão provar que o Iraque não tem armas de destruição
em massa".
Ontem foram realizados protestos em Nova York, Los Angeles e
San Francisco contra uma possível ofensiva americana contra o
Iraque. Em Nova York, os manifestantes se reuniram no Central
Park.
Israel
O primeiro-ministro de Israel,
Ariel Sharon, pediu ontem aos
ministros de seu gabinete para se
manterem calados sobre um possível ataque dos EUA contra o Iraque, para não atrapalhar os americanos. O jornal "Yedioth Ahronoth" publicou ontem que os
EUA devem avisar Israel três dias
antes de atacar o Iraque.
Com agências internacionais
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