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ONU adverte norte-coreanos sobre bomba
Conselho de Segurança publica declaração sobre ameaça de teste nuclear e não chega a acordo sobre Irã
DA REDAÇÃO
O Conselho de Segurança da
ONU publicou ontem uma declaração em que adverte a Coréia do Norte para que não efetue seu primeiro teste com um
artefato nuclear.
O texto, lido por Kenzo Oshima, embaixador do Japão e
atual presidente do conselho,
não especifica as sanções que
poderiam ser adotadas diante
de uma iniciativa que qualificou como "ameaça à paz".
O regime de Pyongyang publicou terça-feira uma longa
cantilena em que se dizia ameaçado pelos Estados Unidos e
anunciava para uma data não
especificada a explosão de sua
primeira bomba.
Além de Washington, intensa movimentação diplomática
para dissuadir o regime norte-coreano envolveu nos últimos
dias o Japão, a China, a Coréia
do Sul e a Rússia.
Informantes da inteligência
americana acreditam que a explosão poderia ocorrer entre
hoje e segunda-feira. O ditador
Kim Jong-Il estará comemorando o oitavo aniversário de
sua ascensão ao poder, e será
também o aniversário do Partido do Trabalho (comunista).
Segundo a agência de notícias Reuters, a China -em geral discreta quando se trata de
questões da Coréia do Norte-
divulgou a informação de que o
teste poderá ocorrer dentro de
uma mina de carvão desativada, no norte do país, a 2.000
metros de profundidade.
Kim Jong-Il teve ontem um
encontro com comandantes
militares de seu país, mas, segundo a agência oficial KCNA, a
bomba não foi mencionada.
Sanções contra o Irã
Os membros permanentes
do Conselho de Segurança, aos
quais se associou a Alemanha,
não conseguiram se reunir ontem em Londres para decidir se
têm condições de superar suas
divergências internas e votar
sanções contra o Irã por suas
atividades nucleares suspeitas.
China, França, Reino Unido e
Rússia puderam trocar idéias.
Mas o avião da chefe da secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, não chegou a tempo do Oriente Médio. O chanceler russo, Serguei Lavrov, tinha compromissos em Moscou
e não pode esperá-la.
Os ministros deverão participar entre segunda e terça de
uma teleconferência, disse um
porta-voz americano.
Os EUA e o Reino Unido querem sanções inequívocas e imediatas. A França defende sanções, desde que elas não provoquem a ruptura do diálogo com
os iranianos. A Rússia e a China, como ocorre desde o início
da crise, acreditam que sanções
seriam retaliação excessiva.
Teerã diz que seu programa
nuclear visa produzir energia,
mas EUA e europeus temem
que o objetivo seja bélico.
Com agências internacionais
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