São Paulo, sábado, 07 de outubro de 2006

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ONU adverte norte-coreanos sobre bomba

Conselho de Segurança publica declaração sobre ameaça de teste nuclear e não chega a acordo sobre Irã

DA REDAÇÃO

O Conselho de Segurança da ONU publicou ontem uma declaração em que adverte a Coréia do Norte para que não efetue seu primeiro teste com um artefato nuclear.
O texto, lido por Kenzo Oshima, embaixador do Japão e atual presidente do conselho, não especifica as sanções que poderiam ser adotadas diante de uma iniciativa que qualificou como "ameaça à paz".
O regime de Pyongyang publicou terça-feira uma longa cantilena em que se dizia ameaçado pelos Estados Unidos e anunciava para uma data não especificada a explosão de sua primeira bomba.
Além de Washington, intensa movimentação diplomática para dissuadir o regime norte-coreano envolveu nos últimos dias o Japão, a China, a Coréia do Sul e a Rússia.
Informantes da inteligência americana acreditam que a explosão poderia ocorrer entre hoje e segunda-feira. O ditador Kim Jong-Il estará comemorando o oitavo aniversário de sua ascensão ao poder, e será também o aniversário do Partido do Trabalho (comunista).
Segundo a agência de notícias Reuters, a China -em geral discreta quando se trata de questões da Coréia do Norte- divulgou a informação de que o teste poderá ocorrer dentro de uma mina de carvão desativada, no norte do país, a 2.000 metros de profundidade.
Kim Jong-Il teve ontem um encontro com comandantes militares de seu país, mas, segundo a agência oficial KCNA, a bomba não foi mencionada.

Sanções contra o Irã
Os membros permanentes do Conselho de Segurança, aos quais se associou a Alemanha, não conseguiram se reunir ontem em Londres para decidir se têm condições de superar suas divergências internas e votar sanções contra o Irã por suas atividades nucleares suspeitas.
China, França, Reino Unido e Rússia puderam trocar idéias. Mas o avião da chefe da secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, não chegou a tempo do Oriente Médio. O chanceler russo, Serguei Lavrov, tinha compromissos em Moscou e não pode esperá-la.
Os ministros deverão participar entre segunda e terça de uma teleconferência, disse um porta-voz americano.
Os EUA e o Reino Unido querem sanções inequívocas e imediatas. A França defende sanções, desde que elas não provoquem a ruptura do diálogo com os iranianos. A Rússia e a China, como ocorre desde o início da crise, acreditam que sanções seriam retaliação excessiva.
Teerã diz que seu programa nuclear visa produzir energia, mas EUA e europeus temem que o objetivo seja bélico.


Com agências internacionais


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