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Ex-ministra de Kirchner vai responder por dinheiro escuso
Miceli tinha sacola com 200 mil pesos no banheiro
RODRIGO RÖTZSCH
DE BUENOS AIRES
Felisa Miceli, ex-ministra da
Economia argentina sob Néstor Kirchner (2003-2007), responderá a processo por encobrimento e subtração de documento público no caso da bolsa
com US$ 31 mil e 100 mil pesos
achada no banheiro de seu gabinete em junho último. A decisão de processá-la foi tomada
em 28 de dezembro pela juíza
Maria Servini de Cubría, mas
divulgada apenas ontem.
Miceli responderá em liberdade, mas sofrerá embargo de
200 mil pesos -a quantia encontrada em seu banheiro no
episódio que lhe custou o cargo.
Em depoimento, a ex-ministra
dissera que um irmão lhe emprestara o dinheiro para a comprar uma casa, mas não pode
provar a transação imobiliária.
Além disso, a ata em que o
descobrimento do dinheiro foi
registrado desapareceu. O fato
só veio à tona em reportagem
do jornal argentino "Perfil" um
mês após o episódio.
A ex-ministra disse ontem a
uma rádio argentina estar "indignada" com a decisão da juíza
e ser vítima de "algo armado"
para prejudicá-la.
Caso da mala
Também ontem, em Miami,
os venezuelanos Moises Maionica e Carlos Kaufman se declararam inocentes da acusação de agirem como agentes ilegais da Venezuela nos EUA.
Os dois, outro venezuelano e
um uruguaio são acusados nos
EUA de conspirarem para convencer o empresário americano-venezuelano Guido Antonini Wilson -que colabora com a
investigação- a ocultar a origem de US$ 800 mil apreendidos com ele em agosto último
no aeroporto de Buenos Aires.
Segundo o procurador americano Thomas Mulvihill, o dinheiro era uma doação do presidente da Venezuela, Hugo
Chávez, à campanha presidencial de Cristina Fernández de
Kirchner. Buenos Aires nega.
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