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Xiitas prometem assinar a Constituição hoje
DA REDAÇÃO
O Conselho de Governo Iraquiano deve assinar hoje a Constituição interina que vai reger o país
até o segundo semestre de 2005.
Após uma reunião com o principal líder xiita, o aiatolá Ali al Sistani, os cinco membros do conselho
contrários à Carta voltaram atrás
e decidiram ratificar o documento sem qualquer mudança.
"Vamos assinar do jeito que está. Não queremos que o resto do
conselho pense que os xiitas querem demolir todo o processo",
disse Mohammed Hussein Bahr
al Uloum, filho e principal assessor de Mohammed Bahr al
Uloum, presidente do Conselho
de Governo Iraquiano.
Paul Bremer, chefe da Autoridade Provisória da Coalizão, declarou estar "esperançoso", mas não
totalmente convencido, quanto à
assinatura da Carta. Para ele, essas
incertezas não são uma surpresa:
"São pessoas que nunca tiveram
experiência com democracia".
A Constituição interina havia sido aprovada por unanimidade no
começo da semana passada. Porém, horas antes da cerimônia de
assinatura, cinco dos 13 membros
xiitas desistiram do compromisso
diante da posição contrária de Al
Sistani, que manifestou discordância em relação à diversas partes da Carta -principalmente
quanto à cláusula que na prática
dá aos curdos poder de veto sobre
a Constituição permanente que
será redigida após eleições que
devem acontecer em 2005.
"Nós temos uma história dolorosa e é natural que procurássemos algumas garantias nessa lei",
afirmou Adel Murad, substituto
de Jalal Talabani, representante
da União Patriótica do Curdistão
no Conselho de Governo. Os curdos somam apenas 17,5% na divisão étnica do país (a grande maioria, 77,5%, é árabe) e temem que
sua autonomia na região norte seja eliminada com uma Constituição em que prevaleça a vontade
da maioria religiosa xiita.
Ataques
Em Bagdá, pelo menos dez foguetes foram lançados ontem à
noite no extremo norte da "zona
verde", região que abriga o quartel-general das forças da coalizão.
Os foguetes foram disparados
de um jipe contra o Centro de
Convenções Bagdá, onde funciona a assessoria de imprensa dos
militares dos EUA, e contra o hotel Al Rashid, residência de muitos funcionários americanos. Não
houve vítimas.
Em Mossul (norte), insurgentes
lançaram de um carro em movimento granadas-foguetes contra
um posto policial. Dois civis iraquianos morreram.
Com agências internacionais
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