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JUSTIÇA
Estado de saúde não será analisado antes de imunidade
Ex-ditador Pinochet sofre derrota em tribunal chileno
das agências internacionais
A Corte de Apelações de Santiago rechaçou ontem pedido da defesa do ex-ditador chileno Augusto Pinochet para considerar seu
estado de saúde antes de iniciar a
análise do pedido de destituição
de sua imunidade parlamentar,
da qual goza por ser senador vitalício. A decisão foi apertada: 11 votos a 10. O julgamento começará
no próximo dia 19. A Corte Suprema de Justiça proibiu a transmissão das audiências pela TV.
A legislação chilena não contempla razões humanitárias para
considerar um réu inimputável. A
única razão que pode ser considerada para livrar Pinochet de um
julgamento, caso perca sua imunidade, é o fato de a Corte considerá-lo demente.
Os advogados de Pinochet entregaram ao tribunal os resultados de exames médicos pelos
quais passou o general. Segundo
as avaliações, o ex-ditador sofreu
danos cerebrais irreversíveis.
As ações contra Pinochet na
Justiça chilena já ultrapassam 80.
A maior parte das ações veio após
a sua detenção em Londres, em
98, onde passou 503 dias aguardando decisão sobre pedido de
extradição feito pela Espanha.
O general foi liberado no dia 2
de março, pois o governo britânico considerou que, devido a seu
estado de saúde, não resistiria a
um longo processo judicial.
As denúncias contra Pinochet
no Chile foram apresentadas por
organizações humanitárias, sindicatos, partidos políticos e familiares de vítimas da repressão, que
acusam o ex-ditador de ter responsabilidade em casos de mortes, torturas e desaparecimentos
de opositores durante seu governo (1973-1990).
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