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São Paulo, terça-feira, 08 de abril de 2003

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Míssil mata civis em um bairro residencial

DO "EL PAÍS", EM BAGDÁ

Horas depois da incursão de blindados ao centro de Bagdá, um míssil atingiu uma das ruas por onde o ditador Saddam Hussein teria passeado no último sábado. Pelo menos 14 civis morreram e outros cinco se encontram sob os escombros, segundo informou a enviada do "El País" a Bagdá, Ángeles Espinosa (outros relatos falam em nove mortos civis).
A correspondente comprovou como o artefato, que produziu uma cratera de 15 metros de diâmetro e 8 metros de profundidade, destruiu três casas da rua 14 de Ramadã, no bairro residencial Al Mansur, atrás do restaurante O Relógio, o mesmo lugar em que o presidente iraquiano apareceu na sexta, saudado pela multidão.
No final do dia, relatou a jornalista espanhola, Bagdá estava praticamente vazia, na qual se escuta apenas sons de artilharia. A cidade está envolvida por uma espessa camada de areia e fumaça de poços de petróleo queimados.
Agora, todas as trincheiras cavadas nas últimas semanas começam a ganhar sentido. Em qualquer momento pode haver uma nova incursão.
Há bandeiras do Iraque em muitas esquinas dos bairros da periferia. Há caminhões e outros veículos militares sob as pontes. Nos descampados, cavam-se trincheiras uma atrás da outra. E continua-se queimando petróleo.
Carros de polícia e particulares estacionam nas marquises, para se proteger dos tiros aéreos. Dezenas de famílias iraquianas com suas crianças se alojaram no hotel Sheraton, cujas diárias vão de US$ 60 a US$ 100 -uma exorbitância para os padrões iraquianos.


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