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Míssil mata civis em um bairro residencial
DO "EL PAÍS", EM BAGDÁ
Horas depois da incursão de
blindados ao centro de Bagdá, um
míssil atingiu uma das ruas por
onde o ditador Saddam Hussein
teria passeado no último sábado.
Pelo menos 14 civis morreram e
outros cinco se encontram sob os
escombros, segundo informou a
enviada do "El País" a Bagdá, Ángeles Espinosa (outros relatos falam em nove mortos civis).
A correspondente comprovou
como o artefato, que produziu
uma cratera de 15 metros de diâmetro e 8 metros de profundidade, destruiu três casas da rua 14 de
Ramadã, no bairro residencial Al
Mansur, atrás do restaurante O
Relógio, o mesmo lugar em que o
presidente iraquiano apareceu na
sexta, saudado pela multidão.
No final do dia, relatou a jornalista espanhola, Bagdá estava praticamente vazia, na qual se escuta
apenas sons de artilharia. A cidade está envolvida por uma espessa
camada de areia e fumaça de poços de petróleo queimados.
Agora, todas as trincheiras cavadas nas últimas semanas começam a ganhar sentido. Em qualquer momento pode haver uma
nova incursão.
Há bandeiras do Iraque em
muitas esquinas dos bairros da
periferia. Há caminhões e outros
veículos militares sob as pontes.
Nos descampados, cavam-se trincheiras uma atrás da outra. E continua-se queimando petróleo.
Carros de polícia e particulares
estacionam nas marquises, para
se proteger dos tiros aéreos. Dezenas de famílias iraquianas com
suas crianças se alojaram no hotel
Sheraton, cujas diárias vão de US$
60 a US$ 100 -uma exorbitância
para os padrões iraquianos.
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