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Incursão usa "coluna
infernal" de tanques
RÉMY OURDAN
DO "LE MONDE", EM BAGDÁ
A 300 metros de distância, era
impossível distinguir os combates. O palácio foi muito rapidamente coberto pela fumaça das
explosões e dos incêndios. Mas a
quantidade de tiros de tanque, canhão e metralhadora indicava um
assalto determinado. A resistência dos iraquianos não durou
mais de uma hora.
A cidade, sacudida pelas explosões, se fechou em si mesma. Os
combatentes iraquianos têm rostos inquietos. Os moradores se
trancam em suas casas. Os aviões
americanos sobrevoam a capital a
cada dez minutos. Os bagdalis
sentem que, desta vez, a batalha
incendiou sua cidade.
Vindos da rota de Mamoudiyah, ao sul, os soldados americanos atravessaram Al Dorah e Yarmouk para voltar ao Aeroporto
Internacional Saddam e também
para testar as defesas iraquianas.
Yves Debay, da revista "Raid",
descreveu a incursão, que ele chama de "coluna infernal":
"Os americanos fazem colunas
de 40 a 50 blindados. Eles atiram
em tudo que se move, em tudo
que é suspeito. É "fogo à vontade".
Eles adoram atirar com o canhão
de 25 mm nos retratos de Saddam. Não têm disciplina de fogo.
A iniciativa é deixada aos soldados, moleques de 20 anos. É por
isso que eles atiram em civis. Um
Exército europeu não faria isso."
Debay diz que viu entre Mahmudiyah e Bagdá pelo menos cinco veículos civis e uma moto destruídos, com seus ocupantes mortos. "Eles ainda estão se vingando
do 11 de setembro, e não há nenhuma sanção quando um soltado mata civis."
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