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Aliados manifestam preocupação com o rumo da crise no Iraque
DA REDAÇÃO
A mais recente onda de violência no Iraque tem aumentado a
pressão interna sobre os países da
coalizão para que retirem suas
tropas do Iraque. A maioria dos
governos, apesar de ainda rejeitarem uma retirada, tem manifestado preocupação com o atual cenário no solo iraquiano.
Esses países -cerca de três dezenas- possuem, somados, 26,5
mil soldados ou equipes de apoio
no Iraque. Pouco, se comparado
aos 130 mil dos EUA. Mas a retirada deles seria um grave revés político para os americanos.
"A menos que seja garantido
que haverá mais segurança, os
países aliados poderão ficar relutantes em permanecer na rota
atual, especialmente aqueles que
enfrentam resistência doméstica", disse Jonathan Stevenson, do
Instituto de Estudos Estratégicos.
A Bulgária pediu que os EUA
enviem tropas para reforçar o seu
batalhão de 450 homens em Kerbala. As forças ucranianas se retiraram de Kut após terem sido alvo de ofensiva de insurgentes iraquianos. O Cazaquistão disse que
pode retirar seus militares em
maio. A Coréia do Sul ordenou
que seus 600 médicos e engenheiros militares suspendam as suas
atividades fora de zonas militares.
A Espanha, que passará a ser governada pelos socialistas (contrários à guerra), já deu indicações
de que pode retirar as suas forças
do Iraque no final de junho caso a
ONU não assuma um improvável
papel principal na ocupação. O
Japão também pediu ontem que a
ONU interceda "o mais rapidamente possível" para que a violência seja contida no Iraque
A pressão de opositores e da imprensa italiana para que o premiê
Silvio Berlusconi retire as suas
forças do Iraque cresceu. O primeiro-ministro respondeu aos
críticos afirmando que "é impensável acabar com a missão que
nós começamos. Deixaríamos
um país em meio a um caos".
O premiê britânico, Tony Blair,
confirmou ontem que viajará na
próxima semana para os EUA,
onde se reunirá com o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e com
o presidente George W. Bush para
discutir a situação no Iraque. A
Polônia, quarta principal força da
coalizão, com 2.400 homens, viu
suas tropas serem atacadas nesta
semana no levante xiita. O país
pede que a Otan (aliança militar
ocidental) assuma funções de comando no Iraque hoje nas mãos
de Varsóvia.
Com agências internacionais
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