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EGITO
Suicida se explode e mata francesa; outros nove estrangeiros ficam feridos
Turistas são alvo de ataque no Cairo
DA REDAÇÃO
Um suicida se explodiu no meio
de dezenas de pessoas em um movimentado mercado de rua no
centro histórico do Cairo. Uma
pessoa morreu, além do terrorista, e ao menos 20 ficaram feridas,
a maior parte delas estrangeira.
Uma das vítimas fatais é uma
francesa. Inicialmente, foi informado que o outro morto seria um
cidadão americano. Porém, mais
tarde, autoridades egípcias disseram que o corpo era do suicida.
A ação terrorista de ontem é a
mais grave desde a série de explosões em balneários na península
do Sinai, em outubro, perto da
fronteira de Israel.
Desta vez, o atentado ocorreu
no mercado de Khan al Khalili, o
mais movimentado da capital
egípcia e ao lado da mesquita de
Al Azhar -a mais importante do
Cairo. Como o local é um dos
principais pontos turísticos da cidade, especula-se que a ação tenha tido como alvo justamente os
estrangeiros.
Nos anos 90, houve uma onda
de atentados cometidos por extremistas islâmicos. O mais grave deles ocorreu 1997, em Luxor, no sul
do país, quando 58 turistas estrangeiros foram mortos.
O governo reprimiu duramente
esses grupos islâmicos, e o país
praticamente não vivenciou mais
atentados até outubro do ano passado. Na década passada, o Egito
perdeu muito dinheiro com a
queda brutal no número de visitantes -o turismo é uma das
principais fontes de renda do país,
rico em atrações, como as pirâmides, o rio Nilo e o mar Vermelho.
Khan al Khalili é um típico mercado árabe, com vielas e bazares
que vendem produtos do país.
Apesar de a polícia afirmar que
foi um suicida que cometeu o
atentado, testemunhas afirmaram ter visto um homem em uma
motocicleta lançando a bomba no
meio das pessoas. O artefato caiu
perto de um grupo turístico. Autoridades disseram que o número
de mortos na ação pode crescer.
Entre os estrangeiros feridos há
dois americanos, dois turcos, dois
italianos, dois franceses e um britânico. Há ainda 11 egípcios.
Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque terrorista até o fechamento desta edição.
O Egito é um país de maioria islâmica -com uma minoria cristã
copta-, porém a maior parte da
população não é fundamentalista.
O governo linha-dura de Hosni
Mubarak é laico e reprime duramente todos os movimentos extremistas existentes no país.
Com agências internacionais
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