São Paulo, sábado, 08 de abril de 2006

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EUA

Democratas avançam na preferência do eleitorado e podem eleger maioria no Congresso em novembro, mostra pesquisa

Bush registra seu pior índice de aprovação

DA REDAÇÃO

O governo de George W. Bush registrou seu pior índice de aprovação -apenas 36%- em uma pesquisa divulgada ontem pelo instituto Ipsos por encomenda da agência de notícias Associated Press. O índice é 11 pontos inferior ao registrado em novembro na série e reflete o descontentamento dos americanos com a operação militar no Iraque, a guerra contra o terror e as questões internas de modo geral. Quase 70% crêem que o país siga o rumo errado.
Além disso, a sete meses das eleições legislativas, o partido de Bush vê seu apoio se esvair e corre o risco de perder a maioria nas duas Casas, o que tornaria boa parte da agenda do presidente em seus últimos dois anos de mandato inviável. Na sondagem, só 30% aprovam a performance do Congresso sob a batuta republicana, e apenas 33% preferem que o partido controle o Legislativo, contra 49% que citam os democratas.
"Esses números são assustadores. Perdemos toda a vantagem que tínhamos acumulado", disse o encarregado de pesquisas no Partido Republicano, Tony Fabrizio. "A boa notícia é que os democratas não têm bem um plano", afirmou. "A má notícia é que eles podem nem precisar de um."
Até na questão da segurança, bastião republicano, a pesquisa traz um empate: 41% dizem confiar mais no partido do governo para proteger o país, mesmo percentual obtido pelos democratas.
Seguindo a tendência de outros levantamentos, Bush perdeu terreno na condução da guerra ao terrorismo, sua grande bandeira. Apenas 40% da população a aprova, uma queda de nove pontos desde o levantamento anterior e de 24 pontos desde 2004, quando o presidente se reelegeu. Já a ação americana no Iraque é endossada por 35% dos entrevistados, o pior resultado. O Ipsos ouviu 1.003 pessoas nesta semana, e a margem de erro é de três pontos percentuais em ambas as direções.

Vazamento
A Casa Branca se recusou ontem a responder a revelação de que Bush autorizou um ex-assessor a divulgar informações secretas sobre o Iraque, o que culminou no vazamento do nome da espiã Valerie Plame e causou um escândalo político.
Mas o porta-voz Scott McClellan insistiu em que o presidente tem autoridade para liberar o sigilo de informações quando isso é de interesse público e rejeitou acusações de que Bush o teria feito por interesse político.


Com agências internacionais

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